No gabinete do padre, Luís ajuda Padre Justino com a Santa Leonor. Luís refere que já começaram a preparar tudo para a romaria que vai acontecer na sociedade recreativa. Padre Justino refere que Luís vai ter que esperar um pouco pois está a acabar de limpar a santa. Luís fica admirado e pergunta-lhe se ele limpou as lágrimas de Beirais. Padre Justino responde-lhe que a santa estava suja na cara. Luís começa a contar a história da Santa Leonor que é uma lenda muito antiga. Ele explica que as pessoas diziam que Beirais tinha perdido a fé e que a intriga e a desconfiança reinavam em Beirais. Foi nessa altura que a santa chorou pelo que se estava a passar. As pessoas ao verem o que estava a acontecer, fizeram as pazes e a partir daí a aldeia ficou sempre unida. Luís diz que para muitas pessoas foi o milagre das lágrimas de Beirais que salvou a aldeia. Padre Justino pergunta-lhe se ele acredita nessa história e Luís refere que as pessoas de Beirais acreditam. Padre Justino diz-lhe que isso não passa de um mito. Alzira arranja um ramo de flores e dá alguns a Olga. Ela refere que tem que estar tudo perfeito para a romaria pois a Santa Leonor de Beirais já fez muito pela aldeia e merece um altar bonito. Alzira refere que pode ter feito há muito tempo, mas ultimamente não tem visto nada. Olga repreende Alzira e diz-lhe que ela não vê porque ela tem que rezar e ir à missa e Alzira tem-se esquecido disso. As duas começam a discutir e a defender os seus pontos de vista. Padre Justino acaba de limpar a santa e entra Olga com os ramos de flores na mão. Olga repara que Padre Justino limpou as lágrimas da santa e fica muito indignada. Olga pergunta-lhe como é que ele pôde fazer uma coisa dessas e Padre Justino não percebe qual é o problema de Olga visto que todas as imagens da igreja devem ser limpas. Olga explica-lhe que ele limpou as lágrimas à santa e que isso era património da aldeia e era um milagre. Ela refere que agora vão ser todos castigados e leva as mãos à cabeça em desespero. Na sociedade recreativa, Gabriel e Pedro ajudam Marina a arrumar as coisas para a romaria. Gabriel acha ridículo fazer uma festa por causa de uma santa e Benjamim diz-lhe que a Santa Leonor é muito importante e se não fosse ela, se calhar Beirais já não existia. Viriato entra e pergunta a Benjamim se ele acredita mesmo nisso pois não é possível uma estátua chorar. Olga entra na sociedade e pede a Nosso Senhor que os salve a todos pois Padre Justino limpou as lágrimas da santa Leonor. Ela fica irritada e dirige-se para a rádio onde está Carlos a fazer a emissão. Ele comenta que Olga vai falar sobre as celebrações do dia de Santa Leonor que são uma tradição de Beirais. Olga ao microfone refere que vai ser o dia da desgraça pois a aldeia sofreu uma grande perda graças ao Padre Justino que decidiu limpar as lágrimas da santa. Carlos desvaloriza e refere que é mais um dos exageros de Olga e por isso os beiralenses não têm que ficar preocupados. Olga insiste e refere que Padre Justino não tinha o direito de fazer o que fez e por isso pede a quem está do seu lado para que vá ter com ela amanhã ao largo da igreja. Olga quer fazer com que o Padre Justino se demita. No meio das arrumações na sociedade, Gabriel encontra uns óculos iguais aos de Olga, mas com uma graduação muito superior. Gabriel começa a rir-se pois acaba de ter uma ideia: trocar os óculos de Olga por esses que acabou de encontrar. Ele explica a Pedro que quando Olga estiver a rezar lá em casa vai colocar os óculos errados e vai pensar que vê muito pior e vai tropeçar em tudo. Gabriel e Pedro ficam divertidos a imaginar a situação. Já em casa de Olga, ela entra para rezar. Ajoelha-se e está muito irritada com Padre Justino. Sem querer, ela dá um toque na mesa e a santa cai ao chão e parte-se. Ela mete os óculos errados rapidamente e fica assustada pensando que está cega. Olga tenta apanhar os bocados partidos da santa com muitas dificuldades e ao mesmo tempo vai dizendo que é castigo divino.
MAIS INFOBem-vindos a Beirais
Quando não podes voltar a falhar, o sucesso é o único caminho possível.
Diogo Almada, um bem sucedido gestor de contas numa empresa de telecomunicações confronta-se com problemas graves de stress e ansiedade, originados pela constante pressão em que vive. A situação piora quando sofre um ataque cardíaco. No hospital, é alertado para o risco que corre: se não abrandar o ritmo, poderá vir a ter graves consequências. Numa tentativa de reaver a sua qualidade de vida, Diogo muda-se para a pequena aldeia de Beirais, em Vila Real arriscando uma nova vida como agricultor. No entanto, a sua namorada Teresa recusa deixar Lisboa e a sua carreira e, mesmo assim, Diogo prossegue com os seus planos.
