Streit conclui que a obra vai de vento em popa e que nenhuma ameaça poderá já travar o progresso em Bouça do Rei. Dispensa o Inspector da Pide e está ele mesmo de partida. Só faltam as despedidas. E a assinatura da venda da Rochambana, marcada para essa tarde.
O Inspector despede-se de Montalto. O tenente suspira de alívio. Logo que o Inspector dá costas, aproveita para combinar um encontro com Odete.
Já em casa de Rigoberto, Teotónio confessa que não lhe resta qualquer esperança de voltar a ver o filho. Acredita que o ouro o terá embruxado. Mais tarde, formalizam a venda da Rochambana. Teotónio não sabe assinar. Rigoberto assina por ele.
Na serra, Jaime e Rosa apanham lenha. Modesto ameaça-os. Aponta a espingarda ao peito de Jaime. A lenha que apanham é do Estado. Além disso, acusa Jaime de ter assassinado Bruno. Jaime vai falando, vai ganhando tempo e terreno, desarma-o e pontapeia-o.
Em Bouça do Rei, Streit e o Inspector despedem-se de Labão. Declinam convite para jantar. Labão zanga-se com Márcia. Considera que a culpa do seu insucesso social se deve à mulher.
Teotónio vai à Rochambana buscar os seus haveres. Despede-se da sua quinta. Parte para Arcabuzais. Mas há muito que Teotónio Louvadeus não fala com Filomena. É a forma de lhe mostrar desprezo por ela ter traído o filho. A mulher não suporta tanto silêncio e enfrenta-o. Pede perdão, pede misericórdia, não consegue suportar mais aquele castigo. Perdidas as esperanças que Manuel volte. Teotónio compreende finalmente o sofrimento da nora, comove-se e perdoa. Chega Jaime nesse momento. Encorajado pelo velho, também ele se reconcilia com Filomena. Enfrentam então juntos a situação em que se encontram. Filomena desgastada, Teotónio desalentado, é Jaime quem toma o comando da situação.
MAIS INFO"Quando os Lobos Uivam", uma série baseada no romance homónimo de Aquilino Ribeiro, adaptada por Francisco Moita Flores. Retrata a saga dos beirões em defesa dos terrenos baldios durante a ditadura, nos finais dos anos 40 e início dos anos 50.