No início de 1984 a crise em Portugal era sentida por todos.
Ainda assim havia quem contrariasse a crise e António dirige-se ao banco para pedir empréstimo para o seu novo negócio.
António farto de esperar, está desanimado e reclama. António olha para Luís Almeida, gerente do banco, e reconhecem-se mutuamente. António fica atrapalhado, Luís larga o seu sorriso quando estende a mão a António. Diz que é novo gerente da dependência.
António furioso porque Luis diz que na atual conjetura não podem emprestar dinheiro, acha que ele está a recusar só por causa do bolo-rei.
Margarida está junto a um rádio a tentar sintonizar a estação, onde trabalha Carlos, mas só se ouve música com muitas interferências.
Raúl garante que vendeu lotaria vencedora ali no quiosque, Zé atento à conversa, mas disfarça, diz que não foi a ele que saiu.
Amparo lê artigo de jornal sobre o projeto de construção do centro comercial novo, Fonte Nova. Acha que podiam abrir café lá, Zé diz que isso custa um balúrdio. Amparo resigna-se, triste, e volta ao trabalho.
Carlos e Isabel acham que devem ajudar pai com negócio, Toni é contra, nem têm onde arranjar dinheiro, Carlos diz que consegue isso, que não se preocupem que não vai assaltar nenhum banco.
Margarida sintoniza rádio, ouvem a notícia sobre a vitória de Rosa Mota, em Los Angeles. Herminia ouve número da lotaria, fica desolada porque não ganhou, Margarida fica espantada com o interesse da mãe pelo jogo.
Isabel fala do negócio do pai, Inácio vai perceber se é viável e se for diz que pode entrar em sociedade. Inácio diz que até prefere que Isabel trabalhe no parque de campismo do que como atriz. Isabel, não sabe o que responder, tendo em conta que parte da conversa não lhe agrada.
Jogam bingo, Hermínia quer muito ajudar António, pedem mais cartões, Hermínia grita bingo entusiasmada, Jerónimo abraça-a, ela afasta-o.
Hermínia dá o dinheiro a Margarida, é ajuda para o negócio novo, mente e diz que eram as suas poupanças, não conta que foi ao bingo. Margarida agradece e diz que é só um empréstimo.
António está muito feliz porque filhos decidiram ajudá-lo com novo negócio, juntam-se todos e tiram fotografia.
Despedem-se todos de Carlos que parte em viagem de mota para o Sul, sem rumo e com a necessidade de se encontrar.
MAIS INFOReencontre os Lopes a viver o turbilhão em que está Portugal nos anos 80
A saga da família Lopes parecia ter encontrado uma conclusão a 25 de Abril de 1974... Mas retoma agora, passado uma década, para encontrarmos os nossos velhos conhecidos a viver o turbilhão que é o País nos anos 80.
Janeiro de 1984. A família Lopes cresceu. Ao patriarca sonhador, António, a Margarida, a mãe carinhosa, a Hermínia, a voz da experiência e aos filhos agora adultos Isabel, Toni e Carlos juntam-se Susana, uma adolescente de 13 anos que António e Margarida adotaram em criança, assim como Simão e Vítor, os filhos de Toni e de Isabel, respetivamente. Uns mais independentes do que outros, todos construíram vida no novo bairro e, a este núcleo duro da família, juntou-se o primo Zé. Regressado de França após a revolução, Zé é a personificação do português "desenrasca" e bem-disposto, que vê em António um exemplo e um irmão mais velho.