Geoparque Açores em 5 minutos

Geossítios | Praia Formosa - Prainha|28 jan. 2025

A baía da Praia Formosa e Prainha, na ilha de Santa Maria, deve a sua forma semicircular à erosão marinha, sendo os seus elementos mais marcantes:
▪ A presença de praias de areia clara (derivadas da erosão de rochas carbonatadas presentes nas arribas adjacentes), que distinguem a ilha de Santa Maria das restantes ilhas açorianas;
▪ Os vales das ribeiras que aqui desaguam: a Ribeira da Praia e a Ribeira do Farropo.

Nos taludes da estrada que desce a Almagreira até à Praia Formosa é possível observar um valioso registo da história geológica da ilha de Santa Maria, materializado em diferentes tipos de rochas sedimentares (como conglomerados, arenitos e calcarenitos fossilíferos) e rochas vulcânicas (como escoadas lávicas subaéreas e submarinas, e também filões).

Nas rochas da arriba da Prainha existe uma importante jazida de fósseis marinhos, que datam de há cerca de 2,5 milhões de anos.

As praias são claramente a principal atração deste geossítio e excelentes zonas balneares, com grande potencial para a prática de desportos náuticos.

O geossítio insere-se no Monumento Natural da Pedreira do Campo, Figueiral e Prainha do Parque Natural de Santa Maria.

Esta magnífica geopaisagem mariense constitui um geossítio do Geoparque Açores, com relevância nacional e interesse científico, pedagógico e geoturístico.

Play - Geoparque Açores em 5 minutos

Duração: 4min

Género: Informação

Antena1 Açores

A baía da Praia Formosa e Prainha, na ilha de Santa Maria, deve a sua forma semicircular à erosão marinha, sendo os seus elementos mais marcantes:
▪ A presença de praias de areia clara (derivadas da erosão de rochas carbonatadas presentes nas arribas adjacentes), que distinguem a ilha de Santa Maria das restantes ilhas açorianas;
▪ Os vales das ribeiras que aqui desaguam: a Ribeira da Praia e a Ribeira do Farropo.

Nos taludes da estrada que desce a Almagreira até à Praia Formosa é possível observar um valioso registo da história geológica da ilha de Santa Maria, materializado em diferentes tipos de rochas sedimentares (como conglomerados, arenitos e calcarenitos fossilíferos) e rochas vulcânicas (como escoadas lávicas subaéreas e submarinas, e também filões).

Nas rochas da arriba da Prainha existe uma importante jazida de fósseis marinhos, que datam de há cerca de 2,5 milhões de anos.

As praias são claramente a principal atração deste geossítio e excelentes zonas balneares, com grande potencial para a prática de desportos náuticos.

O geossítio insere-se no Monumento Natural da Pedreira do Campo, Figueiral e Prainha do Parque Natural de Santa Maria.

Esta magnífica geopaisagem mariense constitui um geossítio do Geoparque Açores, com relevância nacional e interesse científico, pedagógico e geoturístico.

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Género: Informação Antena1 Açores

A conservação geológica, a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável do Geoparque Açores. A conservação geológica, a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável do Geoparque Açores.

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Geoturismo by Geoparques

04 mar. 2025

Os Geoparques Mundiais da UNESCO são detentores de um património geológico de relevância internacional, que combina a preservação ambiental com o desenvolvimento sustentável do território e das suas comunidades.

A Rede Portuguesa de Geoparques Mundiais da UNESCO, em parceria com o Turismo de Portugal, promove a 3.ª edição da formação executiva 'Geoturismo by Geoparks', que decorrerá de 17 de março a 12 de abril de 2025.

Trata-se de uma formação gratuita, com a duração de 43 horas e, para além da formação teórica online, esta edição inclui uma saída de campo a um dos seis Geoparques Mundial da UNESCO em Portugal (Naturtejo, Arouca, Açores, Terras de Cavaleiros, Estrela e Oeste).

Destinada a profissionais do setor do turismo e outros agentes locais dinamizadores dos territórios, esta iniciativa tem como objetivo capacitar os participantes de conhecimentos técnicos que lhes permitam acolher, informar e guiar os visitantes e turistas nos geoparques, proporcionando experiências enriquecedoras através da interpretação do património natural, cultural e paisagístico, de modo a despertar interesse e compreensão para um usufruto mais consciente e sustentável do nosso território.

Esta formação encontra-se certificada pela Escola de Hotelaria e Turismo do Porto e é uma oportunidade para adquirir e atualizar conhecimentos e competências e de explorar o potencial do geoturismo como motor de desenvolvimento sustentável dos territórios com a designação UNESCO.

Geopark Virtual Exchanges

25 fev. 2025

O projeto Geopark Virtual Exchanges teve origem num desafio colocado pelo Orígens Geoparque Mundial da UNESCO (Espanha), localizado nos Pirenéus Catalãs, à escola secundária do seu território (Institut de Tremp), com o objetivo de ultrapassar a impossibilidade de as pessoas partirem à descoberta de novos lugares, devido à situação pandémica na altura, mas também no sentido de manter uma relação próxima entre o geoparque e a escola.

O sucesso deste projeto levou a que se tornasse parte do programa escolar do Institut de Tremp, dinamizado através do seu geoparque e direcionado a alunos entre os 14 e os 15 anos.

Neste ano letivo, realiza-se a 5.ª edição deste intercâmbio virtual com a presença do Geoparque Açores, que conta com a participação de duas escolas açorianas o Colégio do Castanheiro, na ilha de São Miguel, e a Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade, na ilha Terceira.

Este intercâmbio virtual permitirá aos alunos conhecerem melhor os seus territórios, os seus geoparques, promovendo a aprendizagem sobre a localização e as paisagens dos geoparques, a geodiversidade, a biodiversidade, o património cultural e o desenvolvimento sustentável destes territórios, estimulando simultaneamente o uso da língua inglesa como ferramenta de comunicação.

Fórum CYTED

18 fev. 2025

Nos próximos dias 21 e 22 de fevereiro realiza-se o Fórum CYTED 'Ambientes vulcânicos - laboratórios naturais para estudar impactos e avaliar oportunidades', no campus de Ponta Delgada da Universidade dos Açores. Esta iniciativa é organizada pelo Instituto de Investigação em Vulcanologia e Avaliação de Risco (IVAR) da Universidade dos Açores.

O fórum temático, que conta com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia, insere-se no Programa Ibero-Americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (CYTED). Este programa visa contribuir para o desenvolvimento dos territórios ibero-americanos através da criação de mecanismos e plataformas de cooperação entre investigadores, investidores e empresas, promovendo a aplicação prática do conhecimento científico em iniciativas que beneficiem estes territórios.

A Professora Fátima Viveiros, membro do Conselho Científico do Açores Geoparque Mundial da UNESCO e investigadora da Universidade dos Açores, é a responsável pela organização do evento. Segundo a investigadora, o Fórum irá abordar principalmente o potencial e os desafios associados aos ambientes vulcânicos, destacando não só a monitorização de áreas vulcânicas na perspetiva da gestão do risco, mas também o seu potencial económico e contributo para o bem-estar da população.

O programa conta com a participação de cientistas e investigadores nacionais e internacionais de diversas áreas.

Geossítios | Morro do Castelo Branco

04 fev. 2025

O Morro do Castelo Branco é um dos locais de interesse geológico mais conhecidos e panorâmicos da ilha do Faial e, sendo um local singular, dá também nome à freguesia de Castelo Branco.

Este topónimo aparece em várias regiões de Portugal e, na maioria das vezes, relaciona-se com a geologia local. Na ilha do Faial, a freguesia de Castelo Branco deve o seu nome a este geossítio, um domo traquítico. A forma deste domo, muito semelhante a uma imponente fortaleza costeira, e a coloração esbranquiçada que caracteriza as suas rochas traquíticas justificam a utilização do topónimo Castelo Branco.

Os domos traquíticos formam-se quando há emissão de lavas muito viscosas que, pela sua viscosidade, não fluem tão facilmente como as lavas basálticas e, por isso, têm tendência a acumular-se no topo da conduta, dando origem a uma estrutura em forma de cúpula. Este domo encontra-se coberto por piroclastos pomíticos (pedra-pomes) associados à atividade explosiva do Vulcão da Caldeira (posterior à formação do domo) e forma uma península com arribas verticais muito afetadas pela erosão marinha.

O Morro de Castelo Branco insere-se na Reserva Natural de Castelo Branco do Parque Natural do Faial e corresponde a um importante habitat de nidificação de aves com estatuto de proteção, como o cagarro, o frulho e o garajau-comum. É também um local de avistamento de fauna marinha protegida, como o golfinho-comum, o roaz e a tartaruga-boba.

Este geossítio deu também nome a um dos geoprodutos mais conhecidos e apreciados do Geoparque Açores, o Queijo do Morro. A Queijaria do Morro é parceira do Geoparque desde 2014.

Este é um geossítio de relevância nacional e interesse científico, pedagógico e geoturístico do Açores Geoparque Mundial da UNESCO.

Geossítios | Praia Formosa - Prainha

28 jan. 2025

A baía da Praia Formosa e Prainha, na ilha de Santa Maria, deve a sua forma semicircular à erosão marinha, sendo os seus elementos mais marcantes:
▪ A presença de praias de areia clara (derivadas da erosão de rochas carbonatadas presentes nas arribas adjacentes), que distinguem a ilha de Santa Maria das restantes ilhas açorianas;
▪ Os vales das ribeiras que aqui desaguam: a Ribeira da Praia e a Ribeira do Farropo.

Nos taludes da estrada que desce a Almagreira até à Praia Formosa é possível observar um valioso registo da história geológica da ilha de Santa Maria, materializado em diferentes tipos de rochas sedimentares (como conglomerados, arenitos e calcarenitos fossilíferos) e rochas vulcânicas (como escoadas lávicas subaéreas e submarinas, e também filões).

Nas rochas da arriba da Prainha existe uma importante jazida de fósseis marinhos, que datam de há cerca de 2,5 milhões de anos.

As praias são claramente a principal atração deste geossítio e excelentes zonas balneares, com grande potencial para a prática de desportos náuticos.

O geossítio insere-se no Monumento Natural da Pedreira do Campo, Figueiral e Prainha do Parque Natural de Santa Maria.

Esta magnífica geopaisagem mariense constitui um geossítio do Geoparque Açores, com relevância nacional e interesse científico, pedagógico e geoturístico.

Geossítios | Arribas da Fajã dos Vimes - Fajã de São João

21 jan. 2025

A ilha de São Jorge distingue-se pelo seu vulcanismo exclusivamente basáltico, por não possuir um grande edifício vulcânico central e por, pelo contrário, apresentar-se como uma extensa cordilheira vulcânica, um alinhamento de cerca de 350 pequenos vulcões (na sua maioria cones de escórias) e escoadas lávicas basálticas associadas.

A morfologia mais suave e aplanada para Leste da Ribeira Seca retrata a maior antiguidade desta zona da ilha, onde afloram rochas com cerca de 1,3 milhões de anos, segundo alguns autores.

Para além da configuração alongada da ilha, que é controlada pela tectónica regional, são de realçar as muitas fajãs, detríticas e lávicas, existentes na base das altas falésias costeiras.

As altas arribas da costa Sudeste, entre as fajãs dos Vimes e de São João (a maior da costa sul), são debruadas por diversas fajãs detríticas, cuja dinâmica evolutiva é potenciada por períodos de maior pluviosidade e sismos mais energéticos (como os de 9 de julho de 1757 e de 1 de janeiro de 1980).

Os microclimas que caracterizam muitas destas fajãs e a abundância de água (com várias ribeiras e cascatas) favorecem o uso agrícola dos terrenos e permitem culturas de qualidade relativamente raras nos Açores, como é o caso do café.

Estes ex-libris da geopaisagem jorgense são um geossítio do Geoparque Açores, com relevância nacional e interesse científico, pedagógico e geoturístico.

Geossítios | Caldeiras Negra, Comprida, Seca e Branca

14 jan. 2025

A característica mais marcante da ilha das Flores consiste na presença de diversas crateras de explosão, que estão associadas a erupções hidromagmáticas - erupções em que há interação entre o magma e a água, podendo ser águas subterrâneas ou superficiais, aumentando a explosividade da erupção.

O geossítio Caldeiras Negra Comprida, Seca e Branca localiza-se no Planalto Central da ilha das Flores e caracteriza-se precisamente pela presença destas estruturas vulcânicas - as crateras de explosão, que são denominadas maars.

Esta área apresenta uma geomorfologia muito peculiar.

A Caldeira Branca apresenta um anel de tufos de vertentes suaves. As crateras de explosão do tipo maar das caldeiras Negra, Comprida e Seca, com exceção da Seca, têm o seu fundo ocupado por uma lagoa. A Caldeira Negra apresenta vertentes rochosas e muito declivosas, está ocupada pela Lagoa Negra (ou Lagoa Funda), que atinge uma profundidade máxima de 115 metros, sendo a mais profunda dos Açores.

Este geossítio insere-se na Reserva Natural do Morro Alto e Pico da Sé, uma área protegida do Parque Natural das Flores, no Sítio Ramsar Planalto Central das Flores e na Zona Especial de Conservação Planalto Central e Morro Alto, no âmbito da Rede Natura.

Ocorrem aqui as mais variadas espécies de flora endémica dos Açores, com extensos e contínuos tapetes de turfeiras, o musgão ou Sphagnum, o que confere a esta zona alta uma fisionomia peculiar e que a distingue do resto da paisagem da ilha. É também uma zona importante para muitas aves migratórias, como a garça-branca-pequena (Egretta garzetta).

Em todo o geossítio é possível desfrutar das bonitas panorâmicas que esta geopaisagem oferece, quer junto às crateras, quer do cimo do Morro Alto, de onde se pode observar uma parte significativa do planalto central, atravessado por diversas linhas de água, pouco profundas e de fundo plano.

Este é um geossítio com relevância nacional e significativo valor científico, pedagógico e geoturístico do Açores Geoparque Mundial da UNESCO.

Atividades do Geoparque Açores em 2024

31 dez. 2024

Feliz Natal Geoparque Açores

24 dez. 2024

O Geoparque Açores não é apenas um lugar com património geológico fascinante; é um presente das paisagens, da história e das gentes. Cada ilha dos Açores, com os seus vulcões, lagoas, grutas e caldeiras, conta uma parte da história da Terra, e é dever de todos proteger este valioso legado para as gerações futuras.

No entanto, o Geoparque Açores não é feito apenas de rochas e de paisagens; é feito de pessoas que mantêm viva a história e as tradições. É importante que todos os açorianos sintam que são parte do geoparque e valorizem a sua identidade natural e cultural.

O que fazer para celebrar o Natal no Geoparque Açores?
Visitar o Presépio das Caldeiras das Furnas - uma tradição com mais de 20 anos.

Erupção Submarina da Serreta

17 dez. 2024

Assinalam-se 26 anos do início da última erupção vulcânica ocorrida nos Açores - a erupção submarina da Serreta.

No dia 18 de dezembro de 1998, pescadores avistaram emanações gasosas no mar, a cerca de 10 km da freguesia da Serreta, na ilha Terceira. Quatro dias depois, foi confirmada a erupção vulcânica submarina a mais de 300 metros de profundidade, caracterizada pela emissão de gases, colunas de vapor de água, cinzas e balões de lava flutuantes.

A originalidade desta erupção reside precisamente nestes balões de lava: rochas sólidas no exterior, mas com o interior carregado de lava fluida e numerosos gases. Estas características únicas faziam com que os balões tendessem a ascender, causando a expansão dos gases. Após alguns minutos a flutuar à superfície, acabavam por afundar.

A erupção foi precedida por um ligeiro incremento da atividade sísmica a partir de 23 de novembro, atribuído à fase de fraturação e injeção de magma no sistema vulcânico submarino, que se estende a oeste da ilha Terceira.

O reduzido número de sismos registados ao longo de toda a erupção, bem como a sua baixa magnitude, resultou da ascensão de um líquido magmático muito fluido através de um sistema de fraturas preexistente e bem definido.

Desde o seu início, a erupção apresentou períodos variáveis, alternando com momentos sem manifestações superficiais. A última observação de atividade ocorreu no verão de 2001.

Um estudo recente, realizado em colaboração com investigadores do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) e do Instituto de Investigação em Vulcanologia e Avaliação de Riscos (IVAR), identificou o centro emissor da erupção submarina da Serreta. Para além dos balões de lava basálticos - reconhecidos internacionalmente como um novo produto eruptivo - e das cinzas vulcânicas observadas em suspensão à superfície, esta erupção produziu um volume significativo de materiais escoriáceos que cobrem o fundo marinho em torno dos cones vulcânicos.

Segundo os autores do estudo, esta erupção correspondeu a uma erupção estromboliana submarina de profundidade intermédia, na qual se formaram dois cones de escórias, semelhantes aos que pontuam as paisagens açorianas.

Importa recordar que em 1867, no extremo ocidental da ilha Terceira, nasceu no mar, ao largo das freguesias da Serreta e do Raminho, um vulcão que ficou na história da vulcanologia mundial pelas análises pioneiras dos seus gases. A 31 de maio desse ano, no início da erupção, as populações locais recorreram à fé para tentar conter as forças da natureza. Dessa época, permanece até hoje a Procissão dos Abalos.

Dia Internacional das Montanhas

10 dez. 2024

A decisão de celebrar o Dia Internacional das Montanhas foi tomada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2002, sendo assinalado pela primeira vez no ano seguinte.

O dia incentiva as comunidades a celebrarem as suas montanhas, organizando eventos que destacam a importância destas para um futuro mais sustentável.

Este ano, o foco será a inovação - nomeadamente, como os avanços tecnológicos e as soluções digitais podem contribuir para a monitorização e gestão dos recursos associados às montanhas.

Esta data é assinalada pelos Geoparques Mundiais da UNESCO. Em Portugal, os geoparques celebram os seguintes elementos do seu património geológico:
▪ Naturtejo: um território montanhoso onde se destacam as Serras do Muradal, Alvéolos, Penha Garcia e da Gardunha
▪ Arouca: Serra da Freita
▪ Terras de Cavaleiros: Serra de Bornes
▪ Estrela: a icónica Serra da Estrela
▪ Oeste: Serra de Montejunto
▪ Açores: Montanha do Pico, o ponto mais alto de Portugal (2351m) e um geossítio de relevância internacional

A Montanha do Pico é o mais jovem e o maior vulcão poligenético dos Açores, elevando-se 3500 metros acima dos fundos marinhos e destacando-se como o terceiro maior vulcão do Atlântico Norte.

Qual é a definição de Montanha?
Na verdade, não existe uma definição universalmente aceite para o termo "montanha", embora haja consenso de que se refere a uma elevação natural da superfície terrestre que se eleva abruptamente, atingindo uma altitude notável em relação aos terrenos circundantes. Permanece, contudo, a dúvida relativamente à diferença exata entre um monte ou colina e uma montanha.

E nos Açores?
Os Açores correspondem a imponentes estruturas vulcânicas que se elevam dos fundos marinhos, materializando-se em nove ilhas e diversos ilhéus.

O relevo de cada ilha do Arquipélago é dominado pelos vulcões que lhes deram forma, alguns deles com dimensões consideráveis.

Tendo por base a definição de 'ambiente montanhoso' sugerida pelas Nações Unidas, áreas como a Serra de Santa Bárbara, na ilha Terceira, ou o Pico da Vara, em São Miguel, são consideradas áreas montanhosas. No entanto, a elevação mais imponente nos Açores é, sem dúvida, a Montanha do Pico.

Como se formam as montanhas?
Existem diferentes fenómenos associados à dinâmica do nosso planeta que podem dar origem a montanhas. O processo mais comum está relacionado com movimentos tectónicos, nomeadamente a colisão entre placas tectónicas.

Para compreender melhor este processo de formação, é necessário conhecer a dinâmica do planeta Terra e a Teoria da Tectónica de Placas. Esta teoria propõe que a litosfera está fraturada em placas tectónicas que se movimentam sobre a astenosfera. Quando duas placas tectónicas colidem, a crosta é enrugada e deformada ao longo de milhares ou milhões de anos, conduzindo à formação de montanhas.

A maioria das montanhas do nosso planeta, como os Andes, os Himalaias, os Alpes ou as Montanhas Rochosas, formaram-se através deste processo. Por outro lado, existem muitos exemplos de elevações de origem vulcânica, como é o caso Montanha do Pico.



Os Montanheiros

03 dez. 2024

Em destaque a associação Os Montanheiros, que completou 61 anos de existência no passado dia 1 de dezembro - um importante parceiro do Geoparque Açores.

A associação Os Montanheiros surgiu numa época em que a ciência se expandia, as notícias e novas descobertas chegavam pela rádio, e a vontade de descobrir e saber mais era crescente. Nasceu do espírito aventureiro e da atração pelo desconhecido de um grupo de jovens terceirenses que, aos fins de semana, se dedicava a explorar e desvendar o interior da ilha.

O grupo organizou a primeira descida ao Algar do Carvão em 1963, um evento rodeado de grande expectativa e curiosidade por parte da comunidade, investigadores e especialistas de diversas áreas. Liderados por Américo Luiz, o grupo direcionou a sua ação para a espeleologia, enriquecendo a sociedade terceirense nas mais variadas vertentes, desde a ciência à cultura e educação. Figuras incontornáveis apoiaram a iniciativa, como o Tenente Coronel José Agostinho, o Professor Vítor Hugo Forjaz, o Professor Zbysewsky, o Dr. Jaime Ferreira, entre muitos outros.

Os trabalhos desenvolvidos por este grupo nos anos 60 eram verdadeiramente inovadores. Numa altura em que o conceito de geodiversidade ainda nem sequer existia, os seus trabalhos já antecipavam os valores atualmente promovidos pelos geoparques: a conservação e valorização do património geológico, a educação e sensibilização das comunidades para a importância desses valores e o desenvolvimento de um turismo vocacionado para o património natural da ilha.

No último domingo de novembro de 1963, o grupo assumiu caráter oficial, passando a designar-se 'Os Montanheiros - Organização de Campismo Terceirense'. Posteriormente, o nome foi alterado para 'Sociedade Cultural Educativa' e, em 1967, para 'Os Montanheiros - Sociedade de Exploração Espeleológica'. Desde 2008, é conhecida simplesmente como 'Associação Os Montanheiros'.

A associação foi um dos primeiros parceiros da GEOAÇORES em 2011 e esteve diretamente envolvida no processo de criação do Geoparque Açores. Atualmente, é um dos mais importantes parceiros nos três pilares de atuação do geoparque: geoconservação, geoeducação e desenvolvimento sustentável através do geoturismo.

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