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Geossítios | Arribas da Fajã dos Vimes - Fajã de São João|21 jan. 2025
A ilha de São Jorge distingue-se pelo seu vulcanismo exclusivamente basáltico, por não possuir um grande edifício vulcânico central e por, pelo contrário, apresentar-se como uma extensa cordilheira vulcânica, um alinhamento de cerca de 350 pequenos vulcões (na sua maioria cones de escórias) e escoadas lávicas basálticas associadas.
A morfologia mais suave e aplanada para Leste da Ribeira Seca retrata a maior antiguidade desta zona da ilha, onde afloram rochas com cerca de 1,3 milhões de anos, segundo alguns autores.
Para além da configuração alongada da ilha, que é controlada pela tectónica regional, são de realçar as muitas fajãs, detríticas e lávicas, existentes na base das altas falésias costeiras.
As altas arribas da costa Sudeste, entre as fajãs dos Vimes e de São João (a maior da costa sul), são debruadas por diversas fajãs detríticas, cuja dinâmica evolutiva é potenciada por períodos de maior pluviosidade e sismos mais energéticos (como os de 9 de julho de 1757 e de 1 de janeiro de 1980).
Os microclimas que caracterizam muitas destas fajãs e a abundância de água (com várias ribeiras e cascatas) favorecem o uso agrícola dos terrenos e permitem culturas de qualidade relativamente raras nos Açores, como é o caso do café.
Estes ex-libris da geopaisagem jorgense são um geossítio do Geoparque Açores, com relevância nacional e interesse científico, pedagógico e geoturístico.