Delida Paez é refugiada venezuelana, resultado de perseguições políticas que colocaram a sua vida, e a dos seus, em risco. Ela é também voluntária no refeitório Divina Providência, em Cúcuta, na Colômbia. Todos os dias, milhares de venezuelanos atravessam a Ponte Internacional Simón Bolívar para a Colômbia à procura de um prato de comida, só possível através do apoio do Programa Alimentar Mundial (PAM) . De acordo com o governo colombiano, mais de 1 milhão e 400 mil venezuelanos entraram no país à procura de subsistência. Mas os números não param de aumentar.
Na segunda história, seguimos até ao Líbano (o país do mundo com o maior número de refugiados por habitante) e entramos nos bairros de Sabra e Chatila com a Unidade Móvel da ONG Makassed apoiada pelo Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) que presta cuidados de saúde, saúde materna, sexual e reprodutiva e planeamento familiar a refugiados sírios.
MAIS INFO Promover a Cidadania e os Direitos Humanos, sem deixar ninguém para trás
Mais de 70 milhões de pessoas no mundo foram forçadas a fugir dos seus países ou a deslocar-se nos seus próprios países, devido a guerras, conflitos ou perseguições. Nunca houve tantos refugiados no mundo: 26 milhões de pessoas. Por sua vez, o número de deslocados ultrapassa os 40 milhões. E estes números não param de crescer.
A quinta temporada de "Príncipes do Nada" é dedicada a estas pessoas que, de um dia para o outro, se viram obrigadas a fugir. Gente que ficou sem um prato de comida, sem acesso a medicamentos, sem um tecto para proteger os filhos. E que, por entre fronteiras, procura uma nova esperança. Mas este é também - e sobretudo - um programa para todos os que não são refugiados.
Catarina Furtado e a sua equipa de "Príncipes do Nada" entraram nos campos de refugiados da Grécia, do Líbano, do Bangladesh e do Uganda. Percorreram ainda a Colômbia para conhecer as histórias dos migrantes venezuelanos, mas também dos milhões de deslocados colombianos. Em cada destino, procuraram retratar as difíceis condições em que os refugiados vivem, assim como conhecer o seu passado e os seus desejos para o futuro.
O importante trabalho das várias organizações humanitárias no terreno - Fundo das Nações Unidas para a População, Programa Alimentar Mundial, Serviço Jesuíta aos Refugiados, entre tantos outros, - também mereceram toda a atenção. E foram dezenas as entrevistas realizadas por Catarina Furtado, embaixadora da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População, para dar voz a quem lhes foi retirado esse direito.