O 4º episódio de Príncipes do Nada começa na Guiné-Bissau, no Bairro de Missira, onde Catarina e a equipa encontram Silas, um menino de 8 anos que sofre de paralisia cerebral. A mãe conta que muitos tratam o filho como uma criança Irã, um espírito amaldiçoado. Este conceito, comum na Guiné-Bissau, é atribuído a crianças com alguma patologia ou característica que faz com que sejam consideradas diferentes e, por isso, acabem ostracizadas, maltratadas e por vezes mortas pelos seus familiares e comunidades. O caso de Silas leva-nos a descobrir a Casa Bambaran, um orfanato que acolhe crianças em risco desde 2011 e tem o primeiro Jardim de Infância Inclusivo da Guiné-Bissau... Silas viveu nesta casa durante quatro anos. Hoje, o seu processo de reintegração na comunidade está a ser um sucesso. Pôr fim a esta dura realidade não é fácil, mas a Casa Bambaran prova não ser impossível. Esta instituição tem o apoio da organização não-governamental portuguesa FEC - Fundação Fé e Cooperação e, consequentemente, do Camões, Instituto da Cooperação e da Língua.
Depois, seguimos até à Ilha do Príncipe, onde estão a ser implementados vários projetos de proteção da natureza, como o das tartarugas marinhas, que surgiu por iniciativa da Fundação Príncipe Trust com o objetivo de contrariar a realidade que indica que estes animais estão em vias de extinção. O supervisor da equipa marinha, Jaconias, conta que, em 1000 ovos, apenas 1 ou 2 chegam à vida adulta, o que justifica a intervenção que se tem vindo a fazer ao nível da sensibilização das pessoas. Em terra, acompanhamos o processo de reabilitação da floresta tropical da Ilha do Príncipe. Cruzamo-nos ainda com Estrela Matilde, que trocou Portugal pelo Príncipe em 2013 e nos mostra que a sustentabilidade é possível.
Em todos os episódios de Príncipes do Nada abordamos alguns dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que devem ser implementados até 2030 (agenda da ONU) e que dizem respeito aos países desenvolvidos e aos países em desenvolvimento.
Neste programa debruçamo-nos sobre o ODS 4 (educação de qualidade), o ODS 10 (reduzir as desigualdades), o ODS 14 (proteger a vida marinha) e o ODS 15 (proteger a vida terrestre).
MAIS INFOPríncipes do Nada
Príncipes do Nada pretende promover a cidadania e os Direitos Humanos
Esta nova série dos Príncipes do Nada será gravada na Guiné, Turquia, Timor, Camboja, Brasil, Guatemala, Angola, Portugal e São Tomé e Príncipe. Formato televisivo português emitido pela RTP, criado em coautoria entre a Embaixadora da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), Catarina Furtado, e o realizador Ricardo Freitas. Reportando as histórias e as experiências dos que, em contextos adversos, lutam pela melhoria das condições de vida das populações mais desfavorecidas, o programa Príncipes do Nada pretende promover a cidadania e os Direitos Humanos. O programa abrange temas tão urgentes como a excisão feminina, os sistemas de saúde deficitários, o trabalho infantil, a fome, o acesso à educação, a desigualdade de género, as crises humanitárias e a sobreexploração de recursos naturais. Em Portugal, Príncipes do Nada também tem acompanhado o trabalho inspirador de várias organizações, associações e voluntários que tentam melhorar as condições de vida dos mais vulneráveis, como é o caso dos idosos deixados à solidão ou dos refugiados que arriscam a sua vida fugindo de zonas de conflito. Em cada episódio, mergulhamos em realidades dramáticas através de exemplos de esperança, que mostram como o valor da vida pode e deve ser sempre a prioridade. Príncipes do Nada foi distinguido como o melhor programa de televisão em 2010 pela Associação Portuguesa de Telespetadores. O projeto estende-se ainda ao universo online, através da produção de conteúdos específicos para o seu website e página de Facebook.