Geoparque Açores em 5 minutos

Geossítios | Vulcão dos Capelinhos|24 set. 2024

O vulcão dos Capelinhos é o mais recente e o mais ocidental dos vulcões que formam a Península do Capelo, na ilha do Faial.

A sua erupção teve início no mar, a 27 de setembro de 1957. A primeira fase de atividade foi caracterizada por grandes explosões e emissão de jatos de cinzas e colunas de vapor de água e gases vulcânicos, alternando com períodos mais calmos.

Em novembro, o vulcão ligou-se ao Faial e em maio de 1958, com os focos eruptivos isolados do mar, a erupção assumiu um comportamento subaéreo com a formação de um cone de escórias e a emissão de escoadas lávicas basálticas.

Esta erupção vulcânica, que terminou a 24 de outubro de 1958, marcou a dinâmica social da ilha, e obrigou à deslocação da população, incluindo importantes fluxos migratórios para os Estados Unidos da América.

Este geossítio do Geoparque Açores tem relevância internacional e interesse científico, pedagógico e geoturístico.

Para além da observação da arriba fóssil do Costado da Nau e da visita
a esta paisagem árida e a subida ao antigo farol, o visitante pode ainda descobrir a história da erupção e do vulcanismo dos Açores no Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos, enterrado nas cinzas da erupção de 1957/58.

No próximo dia 27 de setembro comemoram-se os 67 anos anos da erupção do vulcão dos Capelinhos.

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Duração: 6min

Género: Informação

Antena1 Açores

O vulcão dos Capelinhos é o mais recente e o mais ocidental dos vulcões que formam a Península do Capelo, na ilha do Faial.

A sua erupção teve início no mar, a 27 de setembro de 1957. A primeira fase de atividade foi caracterizada por grandes explosões e emissão de jatos de cinzas e colunas de vapor de água e gases vulcânicos, alternando com períodos mais calmos.

Em novembro, o vulcão ligou-se ao Faial e em maio de 1958, com os focos eruptivos isolados do mar, a erupção assumiu um comportamento subaéreo com a formação de um cone de escórias e a emissão de escoadas lávicas basálticas.

Esta erupção vulcânica, que terminou a 24 de outubro de 1958, marcou a dinâmica social da ilha, e obrigou à deslocação da população, incluindo importantes fluxos migratórios para os Estados Unidos da América.

Este geossítio do Geoparque Açores tem relevância internacional e interesse científico, pedagógico e geoturístico.

Para além da observação da arriba fóssil do Costado da Nau e da visita
a esta paisagem árida e a subida ao antigo farol, o visitante pode ainda descobrir a história da erupção e do vulcanismo dos Açores no Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos, enterrado nas cinzas da erupção de 1957/58.

No próximo dia 27 de setembro comemoram-se os 67 anos anos da erupção do vulcão dos Capelinhos.

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Género: Informação Antena1 Açores

A conservação geológica, a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável do Geoparque Açores. A conservação geológica, a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável do Geoparque Açores.

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episódios disponíveis

Feliz Natal Geoparque Açores

24 dez. 2024

O Geoparque Açores não é apenas um lugar com património geológico fascinante; é um presente das paisagens, da história e das gentes. Cada ilha dos Açores, com os seus vulcões, lagoas, grutas e caldeiras, conta uma parte da história da Terra, e é dever de todos proteger este valioso legado para as gerações futuras.

No entanto, o Geoparque Açores não é feito apenas de rochas e de paisagens; é feito de pessoas que mantêm viva a história e as tradições. É importante que todos os açorianos sintam que são parte do geoparque e valorizem a sua identidade natural e cultural.

O que fazer para celebrar o Natal no Geoparque Açores?
Visitar o Presépio das Caldeiras das Furnas - uma tradição com mais de 20 anos.

Erupção Submarina da Serreta

17 dez. 2024

Assinalam-se 26 anos do início da última erupção vulcânica ocorrida nos Açores - a erupção submarina da Serreta.

No dia 18 de dezembro de 1998, pescadores avistaram emanações gasosas no mar, a cerca de 10 km da freguesia da Serreta, na ilha Terceira. Quatro dias depois, foi confirmada a erupção vulcânica submarina a mais de 300 metros de profundidade, caracterizada pela emissão de gases, colunas de vapor de água, cinzas e balões de lava flutuantes.

A originalidade desta erupção reside precisamente nestes balões de lava: rochas sólidas no exterior, mas com o interior carregado de lava fluida e numerosos gases. Estas características únicas faziam com que os balões tendessem a ascender, causando a expansão dos gases. Após alguns minutos a flutuar à superfície, acabavam por afundar.

A erupção foi precedida por um ligeiro incremento da atividade sísmica a partir de 23 de novembro, atribuído à fase de fraturação e injeção de magma no sistema vulcânico submarino, que se estende a oeste da ilha Terceira.

O reduzido número de sismos registados ao longo de toda a erupção, bem como a sua baixa magnitude, resultou da ascensão de um líquido magmático muito fluido através de um sistema de fraturas preexistente e bem definido.

Desde o seu início, a erupção apresentou períodos variáveis, alternando com momentos sem manifestações superficiais. A última observação de atividade ocorreu no verão de 2001.

Um estudo recente, realizado em colaboração com investigadores do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) e do Instituto de Investigação em Vulcanologia e Avaliação de Riscos (IVAR), identificou o centro emissor da erupção submarina da Serreta. Para além dos balões de lava basálticos - reconhecidos internacionalmente como um novo produto eruptivo - e das cinzas vulcânicas observadas em suspensão à superfície, esta erupção produziu um volume significativo de materiais escoriáceos que cobrem o fundo marinho em torno dos cones vulcânicos.

Segundo os autores do estudo, esta erupção correspondeu a uma erupção estromboliana submarina de profundidade intermédia, na qual se formaram dois cones de escórias, semelhantes aos que pontuam as paisagens açorianas.

Importa recordar que em 1867, no extremo ocidental da ilha Terceira, nasceu no mar, ao largo das freguesias da Serreta e do Raminho, um vulcão que ficou na história da vulcanologia mundial pelas análises pioneiras dos seus gases. A 31 de maio desse ano, no início da erupção, as populações locais recorreram à fé para tentar conter as forças da natureza. Dessa época, permanece até hoje a Procissão dos Abalos.

Dia Internacional das Montanhas

10 dez. 2024

A decisão de celebrar o Dia Internacional das Montanhas foi tomada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2002, sendo assinalado pela primeira vez no ano seguinte.

O dia incentiva as comunidades a celebrarem as suas montanhas, organizando eventos que destacam a importância destas para um futuro mais sustentável.

Este ano, o foco será a inovação - nomeadamente, como os avanços tecnológicos e as soluções digitais podem contribuir para a monitorização e gestão dos recursos associados às montanhas.

Esta data é assinalada pelos Geoparques Mundiais da UNESCO. Em Portugal, os geoparques celebram os seguintes elementos do seu património geológico:
▪ Naturtejo: um território montanhoso onde se destacam as Serras do Muradal, Alvéolos, Penha Garcia e da Gardunha
▪ Arouca: Serra da Freita
▪ Terras de Cavaleiros: Serra de Bornes
▪ Estrela: a icónica Serra da Estrela
▪ Oeste: Serra de Montejunto
▪ Açores: Montanha do Pico, o ponto mais alto de Portugal (2351m) e um geossítio de relevância internacional

A Montanha do Pico é o mais jovem e o maior vulcão poligenético dos Açores, elevando-se 3500 metros acima dos fundos marinhos e destacando-se como o terceiro maior vulcão do Atlântico Norte.

Qual é a definição de Montanha?
Na verdade, não existe uma definição universalmente aceite para o termo "montanha", embora haja consenso de que se refere a uma elevação natural da superfície terrestre que se eleva abruptamente, atingindo uma altitude notável em relação aos terrenos circundantes. Permanece, contudo, a dúvida relativamente à diferença exata entre um monte ou colina e uma montanha.

E nos Açores?
Os Açores correspondem a imponentes estruturas vulcânicas que se elevam dos fundos marinhos, materializando-se em nove ilhas e diversos ilhéus.

O relevo de cada ilha do Arquipélago é dominado pelos vulcões que lhes deram forma, alguns deles com dimensões consideráveis.

Tendo por base a definição de 'ambiente montanhoso' sugerida pelas Nações Unidas, áreas como a Serra de Santa Bárbara, na ilha Terceira, ou o Pico da Vara, em São Miguel, são consideradas áreas montanhosas. No entanto, a elevação mais imponente nos Açores é, sem dúvida, a Montanha do Pico.

Como se formam as montanhas?
Existem diferentes fenómenos associados à dinâmica do nosso planeta que podem dar origem a montanhas. O processo mais comum está relacionado com movimentos tectónicos, nomeadamente a colisão entre placas tectónicas.

Para compreender melhor este processo de formação, é necessário conhecer a dinâmica do planeta Terra e a Teoria da Tectónica de Placas. Esta teoria propõe que a litosfera está fraturada em placas tectónicas que se movimentam sobre a astenosfera. Quando duas placas tectónicas colidem, a crosta é enrugada e deformada ao longo de milhares ou milhões de anos, conduzindo à formação de montanhas.

A maioria das montanhas do nosso planeta, como os Andes, os Himalaias, os Alpes ou as Montanhas Rochosas, formaram-se através deste processo. Por outro lado, existem muitos exemplos de elevações de origem vulcânica, como é o caso Montanha do Pico.



Os Montanheiros

03 dez. 2024

Em destaque a associação Os Montanheiros, que completou 61 anos de existência no passado dia 1 de dezembro - um importante parceiro do Geoparque Açores.

A associação Os Montanheiros surgiu numa época em que a ciência se expandia, as notícias e novas descobertas chegavam pela rádio, e a vontade de descobrir e saber mais era crescente. Nasceu do espírito aventureiro e da atração pelo desconhecido de um grupo de jovens terceirenses que, aos fins de semana, se dedicava a explorar e desvendar o interior da ilha.

O grupo organizou a primeira descida ao Algar do Carvão em 1963, um evento rodeado de grande expectativa e curiosidade por parte da comunidade, investigadores e especialistas de diversas áreas. Liderados por Américo Luiz, o grupo direcionou a sua ação para a espeleologia, enriquecendo a sociedade terceirense nas mais variadas vertentes, desde a ciência à cultura e educação. Figuras incontornáveis apoiaram a iniciativa, como o Tenente Coronel José Agostinho, o Professor Vítor Hugo Forjaz, o Professor Zbysewsky, o Dr. Jaime Ferreira, entre muitos outros.

Os trabalhos desenvolvidos por este grupo nos anos 60 eram verdadeiramente inovadores. Numa altura em que o conceito de geodiversidade ainda nem sequer existia, os seus trabalhos já antecipavam os valores atualmente promovidos pelos geoparques: a conservação e valorização do património geológico, a educação e sensibilização das comunidades para a importância desses valores e o desenvolvimento de um turismo vocacionado para o património natural da ilha.

No último domingo de novembro de 1963, o grupo assumiu caráter oficial, passando a designar-se 'Os Montanheiros - Organização de Campismo Terceirense'. Posteriormente, o nome foi alterado para 'Sociedade Cultural Educativa' e, em 1967, para 'Os Montanheiros - Sociedade de Exploração Espeleológica'. Desde 2008, é conhecida simplesmente como 'Associação Os Montanheiros'.

A associação foi um dos primeiros parceiros da GEOAÇORES em 2011 e esteve diretamente envolvida no processo de criação do Geoparque Açores. Atualmente, é um dos mais importantes parceiros nos três pilares de atuação do geoparque: geoconservação, geoeducação e desenvolvimento sustentável através do geoturismo.

Rede Portuguesa de Geoparques e Fórum UNESCO

26 nov. 2024

Em destaque a reunião da Comissão de Acompanhamento da Rede Portuguesa de Geoparques Mundiais da UNESCO e o Fórum Nacional das Redes UNESCO em Portugal.

Os eventos tiveram lugar em Lisboa, nos dias 22 e 23 de novembro respetivamente.

II Jornadas do Vinho Verdelho dos Biscoitos

19 nov. 2024

Geossítios | Algar do Carvão

12 nov. 2024

O Algar do Carvão, na ilha Terceira, é um geossítio de relevância internacional, apresenta uma bio e geodiversidade incríveis e corresponde a uma chaminé vulcânica (um algar), com 80 metros de profundidade.

Como se formou o Algar do Carvão?

Existia um espesso manto de rochas traquíticas associadas à atividade vulcânica do grande vulcão do Pico Alto. Uma reativação do sistema da Zona Basáltica Fissural levou à ocorrência de uma nova erupção, com a formação de um pequeno cone estromboliano (o Pico do Carvão) e emissão de lavas basálticas. Estas lavas, ao tentarem romper as rochas traquíticas pré-existentes, levaram à formação da zona da lagoa e das duas abóbadas junto ao teto.

Um novo impulso deste material basáltico acabou por romper os traquitos ao lado da chaminé atual extravasando-se para o exterior. Numa fase final há um recuo do material magmático para o interior das condutas mais profundas o que levou à formação de um vazio, ou seja, a formação do Algar propriamente dito. Em alguns locais no interior do algar as paredes encontram-se revestidas por uma fina camada de vidro vulcânico.

A água das chuvas que naturalmente se infiltra, alimenta o lago e contribui para a formação de estalactites e estalagmites de opala (sílica amorfa), que chegam a atingir cerca de um metro de comprimentos e 40 a 50 cm de diâmetro - estas são as mais belas e raras formações deste tipo existentes em cavidades vulcânicas no Mundo. Na fauna troglóbia destacam-se os invertebrados endémicos da ilha Terceira.

Azores Tourism Summit 2024

05 nov. 2024

Entre os dias 30 de outubro e 2 de novembro, realizou-se o Azores Tourism Summit 2024, no Pavilhão do Mar, em Ponta Delgada.

O evento, organizado pela Secretaria Regional de Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, reuniu profissionais do setor turístico, jornalistas e especialistas nacionais e internacionais para debater temas do turismo e sustentabilidade.

O Azores Tourism Summit incluiu um Trade Show público onde entidades do setor apresentaram projetos inovadores com impacto positivo na sociedade, ambiente e economia. O Açores Geoparque Mundial da UNESCO participou com uma apresentação sobre "Geodiversidade - Identidade natural e cultural", destacando o seu trabalho em geoconservação, geoeducação e desenvolvimento sustentável através do geoturismo.

Com mais de 70 parceiros em setores estratégicos, o Geoparque contribui para valorizar produtos locais e promover os Açores como destino turístico sustentável, alinhando-se com a iniciativa do Governo Regional de fortalecer a identidade natural e cultural do arquipélago.

Atividades do Geoparque Açores

29 out. 2024

Em destaque a presença do Geoparque Açores no FÓLIO - Festival Literário Internacional de Óbidos, que decorreu de 10 a 20 de outubro.

Atividades do Geoparque Açores

22 out. 2024

Em destaque a participação na conferência da Rede Europeia de Geoparques, realizada na Islândia.

Geossítios | Morro das Velas e Morro de Lemos

08 out. 2024

Estes dois morros correspondem a cones de tufos surtseianos com origem em erupções submarinas de natureza basáltica, mas com idades diferentes e, consequentemente, em estádios evolutivos distintos.

O Morro de Lemos é o mais antigo e encontra-se muito desgastado pela erosão marinha, resta apenas uma pequena porção do edifício vulcânico inicial. Já o Morro Grande de Velas revela claramente a forma circular do cone e da cratera que lhe está associada, com um pequeno cone estromboliano (cone de escórias) no seu interior, que mostra uma fase eruptiva terrestre mais tardia.

Na Baía de Entre-Morros e nas altas arribas daqueles cones observa-se facilmente a sua estrutura interna.

A Vila das Velas está instalada numa fajã lávica, formada pelas escoadas basálticas emitidas a partir do cone de escórias do Pico dos Loiros. E estas lavas estão cobertas pelos piroclastos do Morro de Velas, que é mais recente.

Este geossítio está inserido na Área Protegida para Gestão de Habitats ou Espécies da Costa Sudoeste do Parque Natural de São Jorge, e integra também uma área importante para as Aves e Biodiversidade da Organização Bird Life International - é um geossítio de relevância nacional.

Geossítios | Rocha dos Bordões

01 out. 2024

A Rocha dos Bordões é um dos ex-líbris da ilha das Flores.

Constitui uma magnífica paisagem dominada por imponentes colunas rochosas que lembram bordões de pedra - daí a sua denominação.

Localiza-se junto à estrada entre os Mosteiros e o Lajedo e corresponde a uma disjunção prismática que se associa ao arrefecimento de uma escoada lávica de composição intermédia (entre os basaltos e os traquitos) com cerca de 570 000 anos.

As disjunções prismáticas são constituídas por grandes prismas de rocha separados por diaclases ou descontinuidades paralelas que se formam na sequência de contrações geradas no interior da escoada lávica, durante o seu processo de arrefecimento.

Estas tensões provocam fraturas ou estalamentos, que são perpendiculares à superfície de escoamento da lava. No caso da Rocha dos Bordões, esta colunas têm cerca de 20 metros de altura e uma secção de dimensão decimétrica muito bem preservadas.

Este é um geossítio do Açores Geoparque Mundial da UNESCO com relevância nacional, e é também um Monumento Natural do Parque Natural das Flores.

Além das especiais características geológicas, a Rocha dos Bordões possui também espécies de flora e fauna endémicas dos Açores.

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