Geoparque Açores em 5 minutos
Atividades do Geoparque Açores|22 out. 2024
Em destaque a participação na conferência da Rede Europeia de Geoparques, realizada na Islândia.
Atividades do Geoparque Açores|22 out. 2024
Em destaque a participação na conferência da Rede Europeia de Geoparques, realizada na Islândia.
Duração: 9min
Género: Informação
Antena1 Açores
episódios disponíveis
II Jornadas do Vinho Verdelho dos Biscoitos
19 nov. 2024Geossítios | Algar do Carvão
12 nov. 2024O Algar do Carvão, na ilha Terceira, é um geossítio de relevância internacional, apresenta uma bio e geodiversidade incríveis e corresponde a uma chaminé vulcânica (um algar), com 80 metros de profundidade.
Como se formou o Algar do Carvão?
Existia um espesso manto de rochas traquíticas associadas à atividade vulcânica do grande vulcão do Pico Alto. Uma reativação do sistema da Zona Basáltica Fissural levou à ocorrência de uma nova erupção, com a formação de um pequeno cone estromboliano (o Pico do Carvão) e emissão de lavas basálticas. Estas lavas, ao tentarem romper as rochas traquíticas pré-existentes, levaram à formação da zona da lagoa e das duas abóbadas junto ao teto.
Um novo impulso deste material basáltico acabou por romper os traquitos ao lado da chaminé atual extravasando-se para o exterior. Numa fase final há um recuo do material magmático para o interior das condutas mais profundas o que levou à formação de um vazio, ou seja, a formação do Algar propriamente dito. Em alguns locais no interior do algar as paredes encontram-se revestidas por uma fina camada de vidro vulcânico.
A água das chuvas que naturalmente se infiltra, alimenta o lago e contribui para a formação de estalactites e estalagmites de opala (sílica amorfa), que chegam a atingir cerca de um metro de comprimentos e 40 a 50 cm de diâmetro - estas são as mais belas e raras formações deste tipo existentes em cavidades vulcânicas no Mundo. Na fauna troglóbia destacam-se os invertebrados endémicos da ilha Terceira.
Azores Tourism Summit 2024
05 nov. 2024Entre os dias 30 de outubro e 2 de novembro, realizou-se o Azores Tourism Summit 2024, no Pavilhão do Mar, em Ponta Delgada.
O evento, organizado pela Secretaria Regional de Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, reuniu profissionais do setor turístico, jornalistas e especialistas nacionais e internacionais para debater temas do turismo e sustentabilidade.
O Azores Tourism Summit incluiu um Trade Show público onde entidades do setor apresentaram projetos inovadores com impacto positivo na sociedade, ambiente e economia. O Açores Geoparque Mundial da UNESCO participou com uma apresentação sobre "Geodiversidade - Identidade natural e cultural", destacando o seu trabalho em geoconservação, geoeducação e desenvolvimento sustentável através do geoturismo.
Com mais de 70 parceiros em setores estratégicos, o Geoparque contribui para valorizar produtos locais e promover os Açores como destino turístico sustentável, alinhando-se com a iniciativa do Governo Regional de fortalecer a identidade natural e cultural do arquipélago.
Atividades do Geoparque Açores
29 out. 2024Em destaque a presença do Geoparque Açores no FÓLIO - Festival Literário Internacional de Óbidos, que decorreu de 10 a 20 de outubro.
Atividades do Geoparque Açores
22 out. 2024Em destaque a participação na conferência da Rede Europeia de Geoparques, realizada na Islândia.
Geossítios | Morro das Velas e Morro de Lemos
08 out. 2024Estes dois morros correspondem a cones de tufos surtseianos com origem em erupções submarinas de natureza basáltica, mas com idades diferentes e, consequentemente, em estádios evolutivos distintos.
O Morro de Lemos é o mais antigo e encontra-se muito desgastado pela erosão marinha, resta apenas uma pequena porção do edifício vulcânico inicial. Já o Morro Grande de Velas revela claramente a forma circular do cone e da cratera que lhe está associada, com um pequeno cone estromboliano (cone de escórias) no seu interior, que mostra uma fase eruptiva terrestre mais tardia.
Na Baía de Entre-Morros e nas altas arribas daqueles cones observa-se facilmente a sua estrutura interna.
A Vila das Velas está instalada numa fajã lávica, formada pelas escoadas basálticas emitidas a partir do cone de escórias do Pico dos Loiros. E estas lavas estão cobertas pelos piroclastos do Morro de Velas, que é mais recente.
Este geossítio está inserido na Área Protegida para Gestão de Habitats ou Espécies da Costa Sudoeste do Parque Natural de São Jorge, e integra também uma área importante para as Aves e Biodiversidade da Organização Bird Life International - é um geossítio de relevância nacional.
Geossítios | Rocha dos Bordões
01 out. 2024A Rocha dos Bordões é um dos ex-líbris da ilha das Flores.
Constitui uma magnífica paisagem dominada por imponentes colunas rochosas que lembram bordões de pedra - daí a sua denominação.
Localiza-se junto à estrada entre os Mosteiros e o Lajedo e corresponde a uma disjunção prismática que se associa ao arrefecimento de uma escoada lávica de composição intermédia (entre os basaltos e os traquitos) com cerca de 570 000 anos.
As disjunções prismáticas são constituídas por grandes prismas de rocha separados por diaclases ou descontinuidades paralelas que se formam na sequência de contrações geradas no interior da escoada lávica, durante o seu processo de arrefecimento.
Estas tensões provocam fraturas ou estalamentos, que são perpendiculares à superfície de escoamento da lava. No caso da Rocha dos Bordões, esta colunas têm cerca de 20 metros de altura e uma secção de dimensão decimétrica muito bem preservadas.
Este é um geossítio do Açores Geoparque Mundial da UNESCO com relevância nacional, e é também um Monumento Natural do Parque Natural das Flores.
Além das especiais características geológicas, a Rocha dos Bordões possui também espécies de flora e fauna endémicas dos Açores.
Geossítios | Vulcão dos Capelinhos
24 set. 2024O vulcão dos Capelinhos é o mais recente e o mais ocidental dos vulcões que formam a Península do Capelo, na ilha do Faial.
A sua erupção teve início no mar, a 27 de setembro de 1957. A primeira fase de atividade foi caracterizada por grandes explosões e emissão de jatos de cinzas e colunas de vapor de água e gases vulcânicos, alternando com períodos mais calmos.
Em novembro, o vulcão ligou-se ao Faial e em maio de 1958, com os focos eruptivos isolados do mar, a erupção assumiu um comportamento subaéreo com a formação de um cone de escórias e a emissão de escoadas lávicas basálticas.
Esta erupção vulcânica, que terminou a 24 de outubro de 1958, marcou a dinâmica social da ilha, e obrigou à deslocação da população, incluindo importantes fluxos migratórios para os Estados Unidos da América.
Este geossítio do Geoparque Açores tem relevância internacional e interesse científico, pedagógico e geoturístico.
Para além da observação da arriba fóssil do Costado da Nau e da visita
a esta paisagem árida e a subida ao antigo farol, o visitante pode ainda descobrir a história da erupção e do vulcanismo dos Açores no Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos, enterrado nas cinzas da erupção de 1957/58.
No próximo dia 27 de setembro comemoram-se os 67 anos anos da erupção do vulcão dos Capelinhos.
Geossítios | Fajã Lávica da Vila do Corvo
17 set. 2024As fajãs são zonas aplanadas na base de arribas, e podem ser detríticas -quando se relacionam diretamente com a evolução natural das arribas litorais, típicas de ilhas vulcânicas, e com os movimentos de massa que levam a uma acumulação de material detrítico na base da arriba.
Mas, as fajãs podem também ser lávicas, aquilo a que chamamos deltas lávicos, e estas fajãs formam-se quando uma escoada lávica, durante o seu percurso, galga uma arriba e avança sobre o mar.
A vila do Corvo está instalada numa fajã deste tipo, que foi formada por escoadas lávicas basálticas que foram emitidas pelo Morro da Fonte, um cone de escórias sobranceiro à vila.
Uma porção considerável desta fajã está coberta por pedra pomes, lahars e outros depósitos piroclásticos que se associam à atividade vulcânica do vulcão central da ilha, que acabou por formar o atual Caldeirão.
A norte da fajã está a arriba fóssil que evidencia o limite da ilha antes da erupção do Morro da Fonte e na zona frontal, surgem vários cordões lávicos, que são muito comuns em escoadas que avançam mar adentro, e que, neste caso, formam os conhecidos "caneiros do Corvo" que são um spot de mergulho muito procurado.
Este local assume especial relevância por ser o único lugar habitado da ilha, com uma arquitetura muito característica.
Na vila do Corvo está localizado o Centro de Interpretação de Aves Selvagens, gerido pela SRAAC e delegação de ilha do Açores Geoparque Mundial da UNESCO.
Trata-se de um geossítio do Geoparque Açores com relevância regional e interesse científico, educacional e geoturístico.
Geossítios | Caldeira do Faial
10 set. 2024O Vulcão da Caldeira do Faial corresponde a um grande edifício vulcânico central, que ocupa a maior parte da área da ilha.
É um vulcão poligenético que se formou na sequência de numerosas erupções, intercaladas com períodos de acalmia, ao longo dos últimos 400 mil anos.
Este vulcão apresenta uma grande depressão no topo, com cerca de 2 km de diâmetro, a Caldeira - que exibe no interior um pequeno cone piroclástico, um domo traquítico (a Rocha do Altar) e uma zona alagada de regime intermitente. Esta zona húmida constituiu outrora uma lagoa, que foi drenada em 1958 na sequência da atividade sísmica associada à erupção dos Capelinhos, dando origem a uma erupção hidromagmática no interior da Caldeira.
O termo "Caldeira" é utilizado em geologia para designar as depressões vulcânicas de grande dimensão implantadas no topo de edifícios vulcânicos principais, isto é, de vulcões poligenéticos. Estas depressões incluem frequentemente diversos elementos de geodiversidade relevantes - como lagoas, cones e domos intra-caldeira, como é efetivamente o caso desta
Caldeira.
É a caldeira mais jovem do arquipélago, a sua última fase de abatimento aconteceu há cerca de 1000 anos.
Ao nível da flora destacam-se espécies como o cedro-do-mato, trovisco-macho, sanicula azorica, alfacinha e a labaça das-ilhas (rumex azoricus).
A avifauna integra subespécies endémicas dos Açores como o tentilhão, a toutinegra dos Açores e o milhafre. Salienta-se ainda a presença do gorgulho, um artrópode endémico exclusivo da Caldeira do Faial.
No bordo Sul da Caldeira está o ponto mais alto da ilha - o Cabeço Gordo, a 1043 metros, de onde é possível desfrutar uma paisagem ímpar do Faial e ilhas vizinhas.
O acesso ao interior da Caldeira do Faial está condicionado pela Portaria n.º 68/2018, de 21 de junho, mas é possível percorrer o perímetro desta reserva através do trilho da Caldeira (PRC04FAI).
Esta área integra a Rede Natura 2000, está classificada como Sítio Ramsar ao abrigo da Convenção Ramsar e é um geossítio do Geoparque Açores, com relevância nacional e significativo valor científico, pedagógico e turístico.
Geossítios | Monte Brasil
27 ago. 2024O Monte Brasil, na ilha Terceira, corresponde a um cone de tufos surtseiano, formado por uma erupção vulcânica submarina de natureza basáltica em águas pouco profundas. Este tufo exibe inúmeros, perfeitos e bem conservados, fósseis de moldes de vegetação existente à data da erupção, que ocorreu há vários milénios.
O Monte Brasil é o maior cone de tufos dos Açores e forma uma península com cerca de 1,4 km2, ladeada por duas baías: a de Angra, a Leste e a do Fanal, a Oeste.
A chamada cratera está rodeada por quatro elevações: os Picos das Cruzinhas, do Facho, da Vigia da Baleia e do Zimbreiro.
Este é um ótimo miradouro sobre a cidade de Angra, zona sul da Terceira e ilhas vizinhas.
O local proporciona diversas atividades de lazer, como caminhadas, passeios de bicicleta e visitas a vários pontos de interesse turístico e histórico-cultural, como é o caso da Fortaleza de São João Baptista a muralha que circunda o cone, o Pico das Cruzinhas ou Ermida de Santo António.
Geossítios | Caldeira da Furna do Enxofre
20 ago. 2024A Caldeira da Graciosa, com um diâmetro máximo de 1,6 km, corresponde a uma depressão vulcânica implantada no topo do mais pequeno estratovulcão dos Açores.
O flanco sudoeste do vulcão exibe dois domos traquíticos, um dos quais alimentou a espessa escoada que se desenvolve encosta abaixo.
No subsolo surge a magnífica Furna do Enxofre, uma cavidade vulcânica ímpar, de teto em abóbada perfeita, 194m de comprimento e 40 m de altura na parte central.
A sua génese está associada à formação de um lago de lava no interior da caldeira, que transbordou para noroeste, tendo originado outras grutas como é o caso da Furna da Maria Encantada.
No interior - uma lagoa de água fria e um campo fumarólico, com emissões de dióxido de carbono cujas concentrações são monitorizadas em tempo real.
Este é um dos principais geossítios dos Açores, com relevância internacional e valor científico, pedagógico e turístico. Corresponde também à zona núcleo da Reserva da Biosfera da ilha Graciosa - potenciando sinergias e ações de conservação.
Vale a pena visitar o Centro de Visitantes da Furna do Enxofre.