Mais formação em Ciências, Tecnologia, Engenharia ou Matemática, mais qualificações digitais. Estas são algumas das competências de que Portugal precisa para se desenvolver e preparar o futuro. Que carências estão já identificadas e quais serão fundamentais para o desenvolvimento nacional e o crescimento da produtividade?
Num país que está entre os mais envelhecidos do mundo, há já falta de trabalhadores em áreas fundamentais, que se irão agravar com o aumento das aposentações e a quebra da natalidade. E, até 2030, 1,1 milhões de postos de trabalho podem estar em risco por causa da robotização.
Ao mesmo tempo, e apesar de termos a geração mais qualificada de sempre, não conseguimos reter talentos e temos desemprego entre os licenciados. Com o crescimento económico estagnado há duas décadas, Portugal é o 20º país com menor produtividade da União Europeia e tem um problema crítico de baixos salários. As fracas qualificações dos gestores contribuem para a baixa produtividade: Quase metade dos empregadores e gestores do país não completaram o ensino secundário.
Ao mesmo tempo, a transformação digital da economia trará alterações nas competências necessárias no mercado de trabalho e os trabalhadores enfrentam o desafio da requalificação para se manterem no ativo.
Como podemos criar incentivos para que os jovens escolham as áreas necessárias? Como pode a educação formal incluir novas competências mais transversais digitais? Conseguirão as empresas requalificar os trabalhadores?
As respostas neste Fronteiras XXI moderado pela jornalista Ana Lourenço, com o Professor de Economia e Investigador Hugo Figueiredo, a Investigadora em Economia do Trabalho e Competências Fátima Suleman, o Empresário Carlos Moreira da Silva e o Sociólogo Pedro Góis.