O fim da pena aproxima-se e a ansiedade aumenta. Sonha-se com o mar, com a praia, com abraços, com a comida da mãe ou da avó. Recomeçar implica sempre preparar-se psicologicamente para as emoções que se avizinham. Há urgência em recuperar o tempo perdido, em estar presente, em recuperar conversas. Sair para o espaço aberto, regressar à vida, pode ser paralisante, e a memória da prisão não desaparece de um dia para o outro.