A culpa não será dela, mas onde quer que chegasse calava violas e flautas, esganiçava vozes. A concertina cantava mais alto do que todos os instrumentos. E vingou!, talvez por juntar em duas mãos melodia e acompanhamento enchendo de som todo o terreiro. Quantas toadas não perderam suas curvas na rigidez de escala diatónica? Quantas tristezas não morreram às suas mãos de modo maior? Viajou do centro da Europa para aqui, falando linguas estrangeiras de chotes e mazurcas, valsas e quadrilhas, e por cá aprendeu fados e chulas, viras e malhões.