Na escuridão do sono, abre-se uma porta e entra uma mulher vestida com folhas de papel, simbolizando o destino e a provação que recairá sobre o protagonista. Esta é a premissa de "O Processo", bailado do eminente coreógrafo italiano Mauro Bigonzetti, vagamente baseado na obra-prima literária de Franz Kafka, a sua linguagem fascinante, o seu enredo traumático e a sua mensagem sempre relevante. A produção moderna, rica em reviravoltas dramáticas, reencena a história de Josef K., que acorda no seu 30º aniversário e encontra três polícias ao lado da cama que o querem prender por motivos que não compreende. O protagonista, desorientado e incrédulo, é arrastado para uma máquina judicial que o envolve num turbilhão de acontecimentos estranhos.