Nas eleições de 5 de outubro de 1980 Alberto João Jardim é pela primeira vez candidato à presidência do governo. O PPD/PSD vence com 65_ dos votos. Jardim toma posse a 6 de novembro de 1980 e nessa altura anuncia a intenção de retirar-se daí a quatro anos.
Com a morte de Francisco Sá Carneiro, a 4 de dezembro de 1980, o líder madeirense vê reduzir as expectativas de um entendimento entre o Estado e a região. Pinto Balsemão toma posse como primeiro-ministro, em janeiro de 1981, e um mês depois vem ao Funchal concluir as negociações para o prolongamento da pista do aeroporto da Madeira.
Em 1982 Alberto João Jardim coloca no rol das prioridades o crescimento turismo e do setor terciário. Em maio, durante uma semana, faz uma grande ação de promoção da Madeira no Castelo de São Jorge, em Lisboa.
No verão do mesmo ano, a 25 de julho, é inaugurado o Bairro da Palmeira, em Câmara de Lobos. O primeiro grande investimento na habitação social vai alojar 1500 pessoas, tinha 240 residências e demorou dois anos a construir. No terreno estão já a decorrer as obras do Bairro da Nazaré, no Funchal. São mais 204 apartamentos que são inaugurados em 1983.
Em 1984 entra em funcionamento a Zona Franca da Madeira, um instrumento económico que o governo madeirense considera essencial para atrair o investimento externo e aumentar as receitas fiscais. Nesse ano, Alberto João Jardim volta a candidatar-se e o PSD elege 40 dos 50 deputados do parlamento madeirense. O líder madeirense garante mais uma vez ser este o último mandato mas já ninguém acredita.
O ano de 1984 termina com a maior crise de tesouraria de sempre. Nos cobres da região não havia dinheiro para pagar o 13.º mês aos funcionários públicos.
MAIS INFOAlberto João Jardim - 37 Anos de Poder
Documentário sobre o percurso de Alberto João Gonçalves Cardoso Jardim, político português que esteve mais tempo na presidência de um Governo e que transformou a Ilha da Madeira entre 1978 e 2015. Em 13.514 dias fez 4.850 inaugurações, trabalho que o próprio classifica de revolução tranquila. Uma narrativa que é transversal à história da autonomia do Arquipélago Madeirense após o 25 de abril de 1974. Alberto João Jardim é considerado pelos companheiros do partido e pelos opositores como polémico, reivindicativo e figura incontornável da vida política portuguesa que mais obra concretizou.