Alberto João Jardim começa a ter participação política ativa logo após o 25 de abril. Funda a Frente Centrista da Madeira juntamente com Luciano Castanheira, Henrique Pontes Leça e António Aragão. O movimento político extingue-se em agosto para dar lugar ao PPD na Madeira, depois de uma ronda negocial com os dirigentes nacionais, entre eles Francisco Sá Carneiro e Pinto Balsemão.
Em outubro de 1974 Alberto João Jardim é convidado pelo bispo do Funchal, D. Francisco Santana, para ocupar o lugar de director do Jornal da Madeira. Cargo que exerce até à chegada à presidência do governo, em 1978.
Recebe do bispo orientações para que o jornal diocesano seja um instrumento de doutrina política. D. Francisco Santana temia uma viragem do país à esquerda.
Alberto João Jardim reconhece que o bispo, D. Francisco Santana, e o líder do PPD, Francisco Sá Carneiro, foram as duas personalidades que o lançaram na política.
Em 1974 a esquerda critica Alberto João Jardim e acusa-o de ter um passado fascista. Alguns militantes do PPD Madeira consideram que as insinuações dão uma má imagem ao partido. Aborrecido com o que se estava a passar, Jardim demite-se. Acaba por regressar à liderança do PPD Madeira antes do final do ano e com o apoio dos dirigentes nacionais, que se reúnem na Madeira nos dias 19 e 20 de dezembro de 1974.
MAIS INFOAlberto João Jardim - 37 Anos de Poder
Documentário sobre o percurso de Alberto João Gonçalves Cardoso Jardim, político português que esteve mais tempo na presidência de um Governo e que transformou a Ilha da Madeira entre 1978 e 2015. Em 13.514 dias fez 4.850 inaugurações, trabalho que o próprio classifica de revolução tranquila. Uma narrativa que é transversal à história da autonomia do Arquipélago Madeirense após o 25 de abril de 1974. Alberto João Jardim é considerado pelos companheiros do partido e pelos opositores como polémico, reivindicativo e figura incontornável da vida política portuguesa que mais obra concretizou.