O Estatuto do Cuidador Informal foi aprovado no ano de 2019. No entanto, somente 30 concelhos acabariam por ser, numa primeira fase, abrangidos pelo projecto-piloto que reconhece, e apoia, o cuidador e a cuidadora. Mas os apoios para quem cuida, quem tanta vez se "anula" para cuidar, que cuida por amor e com amor, são ainda poucos e parcos. Catarina Furtado e a sua equipa dos Príncipes do Nada foram até Valongo, no distrito do Porto, para conhecer o trabalho da IPSS Viver Alfena, que tem hoje um projeto tão especial quanto essencial: o IDDA. Nasceu da boa-vontade de um jovem psicólogo, o Diogo, e intervém socialmente na área da doença de Alzheimer e outras demências. Mais até do que apoiar quem está doente, este projeto pretende melhorar a qualidade de vida dos Cuidadores Informais deste concelho. Os cuidadores em Portugal (segundo a Associação Nacional de Cuidadores Informais haverá cerca de 1,4 milhões) são na sua maioria mulheres entre os 45 e os 75 anos. Em Valongo, Catarina Furtado conheceu duas histórias iguais a tantas outras: a de Eduarda, que é cuidadora do seu companheiro de há 53 anos, e a de Maria José, que se viu obrigada a acompanhar o marido nos últimos cinco. Catarina conversou também com os voluntários da Associação que estimulando os beneficiários visita após visita, com companhia e exercícios, têm retardado a progressão da demência. Voluntários que, não recebendo nada pelo seu trabalho, recebem muitíssimo: gratidão, sabedoria, inspiração e sentido de propósito.
Género: CulturaClass.: TodosRTP1
Catarina Furtado dá-lhe a conhecer o trabalho meritório, e tanta vez invisível, de muitas associações e projetos sociais que existem de norte a sul do nosso país
Nesta edição de Príncipes do Nada vamos abordar questões que nos devem fazer pensar no nosso dia a dia, mas a que nem sempre damos a merecida atenção e que com a pandemia foram drasticamente penalizadas. Falamos concretamente de: pobreza, habitação, fome, saúde física e saúde mental, cuidadores informais, direitos das crianças, dos jovens, das mulheres, dos idosos e das pessoas LGBTI, deficiência, migrantes e comunidade cigana. Nesta temporada falamos de temas de direitos humanos que fazem parte da Agenda de Desenvolvimento Sustentável que tem como meta o ano de 2030 para o cumprimento dos seus objetivos.
Acompanhe a viagem de Catarina Furtado por Portugal que lhe dá a conhecer, de norte a sul, o trabalho meritório e tanta vez invisível de muitas associações e projetos sociais.