Anabela Mota Ribeiro traz-nos Os Filhos da Madrugada. Entrevistas a homens e mulheres, nascidos e criados em democracia. Diferentes sensibilidades políticas. De diferentes áreas de trabalho e geografias. Um retrato concreto, particular do quotidiano do Portugal que hoje somos, 47 anos depois da revolução. A genealogia de André e. Teodósio passa por Godard, Saramago, Descartes, Zizek, Tony de Matos, Fellini, um museu no Quénia, duas famílias abastadas da Beira Baixa, Picasso, canto gregoriano, Joana Barrios, um templo no Líbano, Adão e Eva. Porque é que isto é literal e causa surpresa? Porque a palavra genealogia aponta para uma origem e uma pertença. E André e. Teodósio convoca uma pluralidade de referências, pensamento, práticas artísticas, um espaço e um tempo que não se circunscrevem a Lisboa, ao dia presente. Talvez por isso, o seu teatro não seja o teatro ancorado no texto, numa certa ideia do que o teatro é. Membro dos Praga, nasceu em 1977, à falta de melhor, artista é a palavra onde cabe uma pulsão criativa que está sempre a vir por fora.
