Nesta segunda parte começamos com o "come back" de António-Pedro Vasconcelos com o filme "Jaime", em 1999. Refletimos sobre a sua aposta definitiva no trabalho do argumento, cuja solidez é decisiva para a consistência das histórias que depois traduz em imagens, e em que começa a trabalhar com outros argumentistas (primeiro Carlos Saboga, depois Tiago R. Santos, com excepção de "Os Imortais" que, por ser a adaptação de um romance, escreve sozinho), e que culmina na colaboração com o Produtor Tino Navarro, que vai desde o filme "Call Girl", até "Parque Mayer", já de 2018, e que passa por "A Bela e o Paparazzo", "Os Gatos Não Têm Vertigens" e "Amor Impossível". Este é também o período em que António-Pedro Vasconcelos deixa de ser um cineasta "bissexto", como ele próprio se considerava, para finalmente passar a filmar com regularidade. Falamos ainda do lado epicurista de António-Pedro Vasconcelos, de como gosta de resistir às tentações e de não resistir às tentações, assim como da sua actividade política a nível nacional e europeu e das muitas causas de cidadania em que se tem envolvido. Tempo ainda para conhecer António-Pedro Vasconcelos homem de família, pai, avô e bisavô, a quem o cinema ensinou a viver e a vida ensinou a fazer cinema.