O Último Tango em Paris

Filme de culto do cineasta italiano Bernardo Bertolucci e um caso célebre de controvérsia e escândalo, com Marlon Brando e Maria Schneider, que conta uma invulgar história de amor que fala de amargura e solidão

Paul (Marlon Brando) é um empresário americano de meia idade, viúvo, que vive assombrado pelo suicídio da mulher. Jeanne (Maria Schneider) é uma jovem parisiense, noiva de um jovem realizador. Os dois encontram-se casualmente num apartamento que ambos têm interesse em alugar, no bairro de Passy em Paris. Um encontro que se transforma numa ligação sexual sem compromisso.
Paul fica com o apartamento e os dois continuam a encontrar-se, sem nunca partilharem informações pessoais ou sequer revelar os seus nomes. Duas almas atormentadas que se juntam num apartamento tão despido como as suas tristes e trágicas vidas. Apanhados no ritmo incontrolável de uma dança carnal que não conseguem parar, estes amantes improváveis elevam a sua paixão a limites eróticos para lá da sua imaginação.

Há mais de cinquenta anos "O Último Tango em Paris" de Bernardo Bertolucci transformava-se num filme de culto e num caso célebre de controvérsia e escândalo, perseguido e condenado, moral e judicialmente, um pouco por todo o lado. Foi uma das obras cinematográficas mais mal-amadas e incompreendidas do seu tempo que acabaria por se tornar num sucesso mundial por razões marginais, a começar pelo impacto sensacionalista das cenas de sexo explícitas. Bertolucci assinava um dos mais ousados filmes da sua fabulosa filmografia e fazia renascer um mito, Marlon Brando, num dos papeis mais intensos da sua carreira.