A imortal história de Pedro e Inês numa nova versão cinematográfica de Carlos Oliveira com Heitor Lourenço e Cristina Homem de Mello
Em meados do século XIV em Portugal o príncipe herdeiro, D. Pedro, fica viúvo de D. Constança Manuel, passando a viver maritalmente com uma das suas aias, D. Inês de Castro, por quem se apaixonou perdidamente e de quem teve quatro filhos. Apesar dos filhos de Pedro e Inês serem bastardos havia o perigo real de se poderem candidatar à sucessão do trono, o que aliado à crescente influência dos irmãos de Inês junto de D. Pedro, levou o rei D. Afonso IV a convencer-se na necessidade de afastar D. Inês. Esta terá sido julgada e degolada em 1355 o que levou D. Pedro a pegar em armas contra o pai. Mais tarde, já coroado rei, D. Pedro mandou prender e executar de forma particularmente cruel os assassinos materiais de D. Inês e obrigou a nobreza a reconhece-la como sua legítima mulher e rainha de Portugal.
A imortal história de Pedro e Inês foi alvo de uma nova versão cinematográfica em 1997 da autoria de José Carlos de Oliveira. Recriando de forma particularmente cuidada toda a atmosfera de época, tendo mesmo rodado em vários castelos de Portugal, Oliveira constrói um sinuoso, violento e emotivo drama palaciano, sobre uma história trágica e cruel de amor que se tornou numa lenda e sobre uma hábil e engenhosa intriga política que por razões de estado não olhou a meios para assegurar a independência nacional. Um excelente drama histórico que é ainda um curioso estudo psicológico dos desiquilibrios emocionais e temperamentais do rei que passou à História sob os cognomes de O Justiceiro e o Cruel e foi protagonista de uma das mais belas e trágicas histórias de amor de sempre.