Um envolvente retrato de mulher que é uma espécie de "road movie" intimista no feminino, da autoria de Margarida Gil.
Lúcia, uma mulher independente, vive sozinha em Lisboa. O pai suicida-se na sua isolada casa e deixa a Lúcia um telefonema no atendedor de chamadas, revelando que lhe escreveu uma carta. Lúcia não consegue encontrar a dita carta na casa do pai e cruza-se com a mãe, uma conhecida militante política com quem tem relações tensas e distantes. Na esperança de encontrar a carta, Lúcia, parte para uma isolada quinta onde passou a infância. Aí reencontra Álvaro, um velho companheiro de infância, que tem uma doença terminal.
“O Anjo da Guarda” é uma realização de Margarida Gil que continua, coerentemente, a criar complexos retratos de mulheres e a explorar relações amorosas frustrantes ou frustradas, bem como a traçar o lento processo de desagregação familiar e os amargos regressos às origens ou a memórias perdidas. Esta é, pois, a história de um mulher solitária que é obrigada a equacionar os seus mais íntimos receios e presságios após o suicídio do pai. Uma espécie de “road movie” intimista no feminino, escrito por Margarida Gil e Maria Velho da Costa que conta com Natália Luíza no principal papel.