
29 Set 2018
No início do século XX, a ilha da Madeira atraía um turismo de longa permanência , proveniente , sobretudo de Inglaterra , mas também de outros países europeus. O Hotel Bon Séjour era o ponto de encontro ideal dessa alta sociedade da "belle époque". Dirigido por uma viúva belga , com apoio da governanta Felismina e da jovem Madalena, afilhada da velha proprietária, o hotel prosperava. Quem dera, ao Benjamim, dono de um hotel concorrente, deitar a mãozinha sapuda ao magnífico Bon Séjour! Bem pode esperar¿. O futuro dono do Bon Séjour já está escolhido . Vai ser o Carlos Manuel , sobrinho do falecido proprietário, vindo de Lisboa para ganhar apego ao que passará a pertencer-lhe . Mas, na herança de Madame belga, também será contemplada a afilhada Madalena, com um legado, que o Carlos Manuel terá de cumprir. O que a senhora gostaria era que os dois jovens se apaixonassem e até parece que está tudo a correr ao sabor dos íntimos desejos de Madame. É testemunha do enamoramento um pitoresco pintor inglês, Mister Henry , velho amigo e confidente da dona do Bon Séjour. Nas deambulações do pintor pela ilha, acompanha-o um garoto, o Fernando, neto da governanta do hotel. Mas, se a paisagem madeirense permanece exuberante e sedutora, já a paisagem europeia vai sofrer um violento abalo com o início da guerre mundial de 1914-1918. Ninguém acredita que a tranquilidade da ilha venha a ser afectada, embora os primeiros sinais de alteração sejam já preocupantes.