Cher, Susan Sarandon e Michelle Pfeiffer seduzidas pelo demoníaco Jack Nicholson, numa fantasia irresistível.
Numa pacata e pitoresca cidade da Nova Inglaterra Alexandra, uma escultora, Jane, uma violoncelista e professora de música, e Sukie, uma jornalista local, levam vidas monótonas e solitárias. Todas três são belas e sedutoras mas perderam os maridos por morte, divórcio e abandono. Incapazes de encontrar homens à altura das suas expectativas convocam o diabo e são servidas. Daryl Van Horne, um homem rico e excêntrico de Nova Iorque, que ninguém conhece, compra uma sumptuosa mansão, instala-se e começa a cozinhar. Envolve-se com as três mulheres a quem dá aquilo que cada uma delas deseja e procura no amor. Tudo corre bem, como num delirante sonho erótico, até Daryl começar a cobrar os seus favores.
¿As Bruxas de Eastwick¿ foi um dos grandes sucessos mundiais dos anos 80 e é uma das mais delirantes combinações de sexo, fantasia e comédia no cinema de há muito a esta parte. Tudo gira em torno das atribulações, algumas francamente deliciosas, de três belas mulheres que se envolvem com o maior sedutor de sempre, o diabo, numa história de loucos em atmosfera de fábula cínica e mordaz, que parte de uma livre adaptação ao cinema de uma obra de John Updike. George Miller, o cineasta do outro lado do Mundo que se celebrizou com a série ¿Mad Max¿, assina um filme sofisticado e fascinante pelas suas belas imagens, mulheres e sortilégios, embora não necessariamente nesta ordem. Tudo isto servido pela magnífica fotografia de mestre Zsigmond, pela partitura de John Williams e, sobretudo, por um fabuloso trio de mulheres, a morena Cher, a ruiva Susan Sarandon e a loira Michelle Pfeiffer que Jack Nicholson, para nosso e seu contentamento, seduz e tiraniza de forma portentosa, no papel que melhor e repetidamente assume no cinema e na vida: o de irresistivel e demoníaco sedutor.