Reféns no Paraíso

Quase 50 anos depois, um dos 23 militares do Agrupamento de Cavalaria de Bobonaro revisitou Timor com uma equipa da RTP
Em Agosto de 1975, em pleno "Verão Quente" em Portugal, começava a guerra civil na então colónia de Timor, hoje Timor Leste. O golpe militar da UDT seguido do contragolpe da Fretilin, precipitaram a fuga das autoridades portuguesas para a ilha de Ataúro.
Para trás, ficaram 23 militares metropolitanos do Agrupamento de Cavalaria de Bobonaro, próximo da fronteira com Timor Ocidental, Indonésio. A estes militares, o então Governador Lemos Pires ordenou que abandonassem o quartel e fossem ter a uma praia onde seriam recolhidos por uma barcaça portuguesa. Mas no caminho, sofreram uma emboscada da UDT e foram feitos prisioneiros.
Durante quase um ano permaneceram na ilha de Timor, a maior parte do tempo escondidos do lado ocidental pelas autoridades indonésias. Apanhados no impasse político criado pela invasão indonésia e pela formação em Díli de um governo não eleito e não reconhecido por Portugal, os 23 acabaram por se tornar reféns das novas autoridades timorenses. Só após grande pressão das famílias, inúmeras diligências e negociações secretas foi possível a libertação dos militares de Bobonaro.
Quase 50 anos depois, um deles revisitou com uma equipa da RTP todos os locais onde por onde passou nessa aventura que acabou por ter um final feliz.
Um documentário da jornalista Margarida Metello com imagem de Rodrigo Lobo, edição de Luís Vilar, pós-produção áudio de Rui Soares e produção de Gonçalo Silva
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Ficha Técnica
- Título Original
- Reféns no Paraíso
- Autoria
- Margarida Metello
- Ano
- 2024
- Duração
- 30 minutos