Releitura ousada de Marcos Morau do famoso bailado de Tchaikovsky, uma alegoria da nossa relação com o tempo
O que a história de A Bela Adormecida, e o bailado que Tchaikovsky criou em 1890, significa atualmente para nós? O que a princesa Aurora descobriria se acordasse do seu longo sono no mundo moderno?
Atraído pela ideia de distorcer o imaginário, Marcos Morau condensou a substância do conto de fadas para se concentrar na expansão do tempo. Situada num não-lugar improvável, um vórtice que modifica o espaço-tempo, concebeu uma performance para 15 bailarinos que espelha a nossa realidade. Utilizando todos os recursos do teatro e da dança, Marcos Morau cria um universo visual meticuloso, um espaço-tempo flutuante povoado por imagens fantasmagóricas, onde o orgânico se mistura com o geométrico, o abstrato com o manifesto.
Entre a ilusão e a realidade, o universo visual do coreógrafo espanhol revisita o sono da princesa num cortejo impetuoso e desenfreado povoada por figuras misteriosas.