
01 Ago 2024
A extraordinária saga da família de Zeca Afonso durante a Segunda Guerra Mundial
Em Julho de 1939, poucas semanas antes do início da 2ª Guerra Mundial, uma família separa-se em Lourenço Marques: Maria, de 7 anos de idade, acompanha os pais para Timor, onde o pai vai assumir o cargo de juiz, e os irmãos João e José (mais tarde conhecido como Zeca Afonso), com 11 e 10 anos, seguem para Coimbra, para casa de uma tia paterna, para continuarem os estudos. Um mês depois da separação começa a 2ª Guerra Mundial e com o alastrar do conflito ao Pacífico, em fevereiro de 1942, as tropas Japonesas invadem Timor.
Os Portugueses que não fogem para a Austrália, como o caso de Maria e dos pais, são detidos em dois campos de concentração. As comunicações são cortadas e em Portugal, durante três anos, teme-se o pior. A família só se reencontra em fevereiro de 1946, em Lisboa. Através das memórias de Maria e de João, o documentário de Luís Filipe Rocha conta a extraordinária saga da família de Zeca Afonso durante uma época funesta da história recente de Portugal.
Este documentário inclui depoimentos de Maria das Dores e João Afonso dos Santos e visita locais de Timor onde a família viveu, a localidade de Ermera onde passavam férias e o campo de concentração em Liquiçá. O título do documentário refere-se às rosas existentes em Ermera, um distrito do interior, cujo cheiro ainda permanece nas memórias de Maria das Dores.