Realizada por Francis Ford Coppola, uma fantasia romântica em tom de opereta moderna que atravessa a memória do cinema clássico com música de Tom Waits
Em Las Vegas, por altura do 4 de Julho, Frannie e Hank trocam prendas e preparam-se para comemorar o 5º ano da sua relação. Após uma discussão, Frannie sai de casa e instala-se no apartamento da sua amiga Maggie. Hank vai ter com Moe, o seu sócio na pequena empresa de ferro velho. Os dois passeiam pela cidade e Hank marca encontro com Leila, uma bela equilibrista do circo. Por seu lado, Frannie conhece o sedutor Ray com quem se envolve amorosamente. Na manhã seguinte, Hank tenta convencer Frannie a voltar para casa, mas ela está decidida a tomar o avião para Bora-Bora.
No início dos anos 80, Francis Ford Coppola quase foi à falência com a produção de Do Fundo do Coração, um filme apaixonante na sua recriação das velhas histórias românticas e encantadas da Era Dourada de Hollywood. Trata-se de uma fantasia romântica em tom de opereta moderna, mas profundamente alicerçada na nostalgia e na memória do clássico cinema americano. Coppola gastou uma fortuna em décors delirantes e criou uma das mais notáveis extravagâncias cinematográficas da década. Absolutamente deslumbrante na sua dimensão visual e estética e construída com tecnologia revolucionária para a época, Do Fundo do Coração é, no limite, um ato de pura paixão cinematográfica. Uma fábula moderna sobre os encontros e desencontros do amor, sob os reflexos feéricos do néon de Las Vegas e sob a inesquecível música de Tom Waits.