A vida e obra do grande mestre do cinema moderno europeu
A premiada cineasta alemã Margarethe von Trotta observa de perto a vida e obra do realizador sueco Ingmar Bergman e explora o seu legado cinematográfico, através de familiares e colaboradores próximos, à frente e atrás das câmaras, assim como da nova geração de cineastas. O documentário aborda temas recorrentes dos seus filmes e da sua vida, e viaja até alguns dos lugares que marcaram a sua conquista criativa, paisagens míticas dos filmes, e percorre várias etapas da sua carreira na Suécia, França e Alemanha.
Ernst Ingmar Bergman nasceu a 14 de Julho de 1918, em Uppsala (Suécia). O pai, um pastor luterano austero, era pouco tolerante com o jovem Bergman, uma criança frágil e doente. Já adulto, estudou na Universidade de Estocolmo, onde se interessou por teatro e, mais tarde, por cinema.
A sua estreia no mundo cinematográfico aconteceu em 1946, com o filme "Kris", mas o verdadeiro reconhecimento chegou com "O Sétimo Selo", que venceu o Prémio do Júri no Festival de Cinema de Cannes, em 1957. Filmes como "Em Busca da Verdade" (1961), "Lágrimas e Suspiros" (1972) ou "Fanny e Alexandre" (1982), todos vencedores de Óscares, deram a Bergman o estatuto internacional de grande mestre do cinema moderno europeu.
Em 1963, foi nomeado diretor do Teatro Nacional sueco e, em 1985, recebeu a distinção de comendador da Legião de Honra francesa. Já em 1987, publicou "A Lanterna Mágica", a sua autobiografia. Um ano depois, fundou, com outros cineastas, a Academia Europeia de Cinema. Em 1998, recebeu a Palma de Ouro de carreira no Festival de Cannes.
Fora das luzes da ribalta, Bergman era conhecido como um amante de mulheres. Casou-se cinco vezes e as aventuras com as protagonistas dos seus filmes eram sobejamente conhecidas. A cineasta alemã Margarethe von Trotta ("Hannah Arendt") observa a vida e obra do realizador sueco, as relações pessoais e profissionais, e o legado que deixou às futuras gerações de artistas.