Filme documentário do cineasta brasileiro João Moreira Salles sobre a natureza efémera de momentos de grande esperança dos anos 60
Documentário político que justapõe, através de imagens de arquivo, uma série de acontecimentos diferentes da década de 1960, como a revolta estudantil em Paris, a Primavera de Praga e o início da Revolução Cultural na China, em 1966, sob o regime de Mao. A partir da descoberta de filmes amadores que a mãe do realizador registou na China, em 1966, João Moreira Salles trata da natureza efémera dos momentos de grande intensidade emocional. Às cenas da China, junta imagens de arquivo dos eventos de 1968 na França, na Checoslováquia e, em menor extensão, no Brasil, sob a ditadura militar.
Na tradição do filme-ensaio, o documentário interroga como as pessoas que participaram daqueles acontecimentos - vividos com alegria, encantamento, convicção generosa, medo, deceção, desalento - seguiram em frente depois do arrefecimento das paixões.
João Moreira Salles interroga o sentido dos grandes acontecimentos que em 1968 abalaram o mundo e reflete sobre a forma como esse tempo de grandes esperanças foi sendo substituído pelo desalento e a derrota.
Prémio Melhor Filme e Melhor Música no festival Cinéma du Réel, em Paris