Especial: Refugiados
Ep. 11 18 Ago 2020
Na Colômbia, conhecemos Ana Ofélia, educadora de infância venezuelana. Pediu asilo ao país vizinho, com a filha, que por fazer parte do exército e ter desertado, corria risco de vida. Na sua nova casa, volta a tomar conta de crianças. As mães são quase todas mulheres venezuelanas que, sem documentos, sentem que não têm alternativa a não ser prostituir-se. Vera Quina representa o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em Putumayo, na Colômbia. Aqui, estima-se que vivam cerca de 6 mil refugiados venezuelanos, que procuram ver os seus direitos reconhecidos. Para a portuguesa, a distinção entre emigrante e refugiado é simples: "Emigrante sou eu. Eu estou aqui porque quero."
No Uganda, seguimos um dia na vida de Jackeline, sul-sudanesa,16 anos, refugiada.
Todos os dias demora uma hora a chegar à escola de Pagirinya. Faz o caminho a pé, sem nunca perder a vontade de aprender mais. A escola de Jackeline é uma das muitas a receber apoio do Serviço Jesuíta aos Refugiados (SJR), onde trabalha a portuguesa Joana Gomes.
No Líbano, o ACNUR faz os possíveis para arranjar um "novo país" para os refugiados. O objetivo é que possam ter mais oportunidades, construir um futuro. Desde 2011, dos 94 mil refugiados que o ACNUR submeteu para acolhimento,76 mil já conseguiram recolocação. E a boa notícia chegou finalmente para o refugiado sírio Abboud e a sua família: vão para a Alemanha. Abboud só sonha que os filhos possam aprender a ler e a escrever, algo que ele nunca teve a oportunidade: "Educação é luz."