DANÇAS COM LOBOS

Um Western grandioso e heróico, que a Academia de Hollywood premiou com 7 Oscares, com Kevin Costner na tripla função de realizador, co-produtor e actor

No Tennessee, em plena Guerra Civil, o tenente John Dunbart destaca-se por um acto radical, meio heróico e meio louco. Conquistando o direito de escolher um novo posto, Dunbar, consciente do imparável avanço da colonização do Oeste, decide ir para os territórios da última fronteira. Destacado para o forte Sedgewick, Dunbar descobre que o forte está abandonado, mas o facto de ser o único habitante está longe de lhe desagradar. A pouco e pouco adapta-se aquela região selvagem e um dia descobre um lobo de quem se torna amigo inseparável. Os índios Sioux observam-no a brincar com o lobo e decidem dar-lhe o nome de "Danças Com Lobos". Com a mesma paciência e determinação, Dunbar torna-se amigo da tribo dos Sioux que acaba, literalmente, por o adoptar. Entre eles descobre uma mulher branca que o vai ajudar a compreender melhor este povo generoso que em breve irá ser destruido pelo avanço da colonização.

Vencedor de sete Oscares de Academia de Hollywood, "Danças Com Lobos" foi um estrondoso sucesso mundial e um dos primeiros grandes acontecimentos cinematográficos dos anos 90. Trata-se da primeira aventura como realizador do actor Kevin Costner, que regressa de forma fulgurante ao Western, adaptando um surpreendente romance de Michael Blake sobre a história solitária de um soldado americano que no posto mais remoto da conquista do Oeste é adoptado por uma tribo de índios Sioux. Ao longo de cerca de três horas, Costner, narra de forma admirável e grandiosa esta fantástica odisseia americana, num filme de emoções sinceras, de genuína grandeza épica e, sobretudo, de pertinente e inteligente reflexão sobre a génese da América, sobre o Homem e a Natureza e o direito à fruição da vida. Recusando o panfleto pró-índio dos anos 60 e 70, Costner limita-se a reconstituir um tempo e um espaço perdidos, numa portentosa visão pessoal que tem tanto de histórica como de poética, quase como se o cinema de Ford e as pinturas de Remington de fundissem nas imensas pradarias do Oeste selvagem. Um grande e memorável filme, com Costner no principal papel.