Um retrato íntimo de uma "mulher moderna demais" apanhada nos redemoinhos da História
230 anos depois da sua construção, o refúgio da Rainha Maria Antonieta recupera o seu antigo esplendor e revela um retrato inédito da última rainha de França.
O Vilarejo da Rainha é um palácio disfarçado de casa de campo escondido nos jardins de Versalhes. Um refúgio romântico que Maria Antonieta concebeu como recordação da sua juventude despreocupada em Viena. 230 anos após a sua construção, o Vilarejo da Rainha recupera o seu antigo esplendor. Acompanhando esta excecional restauração, o documentário traça um retrato inédito da última rainha de França, impopular nomeadamente por se afastar da implacável etiqueta de Versalhes e preservar a sua intimidade nos domínios privados de Trianon.
Chegada a França aos 14 anos de idade, Maria Antonieta foge continuamente do rígido protocolo da Corte. Os diferentes palacetes que ocupou contam mais sobre o trágico destino da rainha do que qualquer biografia oficial. Maria Antonieta exprimiu os seus estados de alma, as suas fragilidades e os seus sonhos. Aproveita o Petit Trianon e os seus jardins para os transformar em verdadeiras obras-primas. A apoteose da sua obra e símbolo do seu desejo de privacidade, o Vilarejo situado no fundo do jardim inglês, é uma pequena aldeia rústica no exterior mas uma verdadeira preciosidade artística no interior.
Em apenas 20 anos, Maria Antonieta deixou uma marca profunda em Versalhes. Luís XIV foi o construtor, Maria Antonieta a insaciável designer de interiores. Depois da Revolução, o Vilarejo por pouco não resistiu à passagem do tempo. Inteiramente renovado, recupera agora o seu esplendor original.
Por trás dos móveis e peças, que ocupam agora o seu antigo lugar, podemos imaginar Maria Antonieta, uma rainha moderna cujo maior crime foi reivindicar, bem antes do tempo, o seu direito à felicidade.