
28 Jan 2018
Os milagres são feitos por pessoas que se recusam a deixar de acreditar
1993. Mamere e Theo são filhos do chefe de uma pequena aldeia no Sul do Sudão. Quando um ataque das milícias destrói toda a aldeia e lhes mata os pais, Theo é forçado a liderar um grupo de jovens sobreviventes e levá-los para um lugar seguro. Nesse árduo percurso, vão encontrando outras crianças em fuga. Entre elas está Jeremiah, de 13 anos, um rapaz inteligente e destemido que os ajuda a chegar com vida ao campo de refugiados de Kakuma, no Quénia. Anos mais tarde, Mamere, Theo e Jeremiah têm a oportunidade de deixar o campo e de se estabelecerem na América. Ao chegarem a Kansas City, no Missouri, são recebidos por Carrie Davis, que foi incumbida de os ajudar a retomar as suas vidas. Para ela, esta será uma oportunidade de perceber como a generosidade e o despojamento podem fazer realmente a diferença na vida de alguém.
Entre 1983 e 2005, durante os terríveis anos da Guerra Civil que assolou o Sudão, estima-se que mais de dois milhões de pessoas tenham perdido a vida. Em busca de abrigo, um sem-número de famílias deixou as suas casas e seguiu em direcção a campos de refugiados. Devido à situação caótica em que viviam, perto de 27 mil crianças foram separadas dos pais, fazendo o trajecto sozinhas. Eram estes os "lost boys/girls", crianças de todas as idades que, fugindo aos perigos e, muitas vezes, acompanhadas pelos irmãos, percorriam milhares de quilómetros para alcançar os campos. Alguns anos mais tarde, um esforço humanitário levou para os EUA algumas destas crianças.