Madama Butterfly: a ópera mais profundamente sentida e criativa de Giacomo Puccini
A ópera Madama Butterfly, uma das obras mais emblemáticas do compositor italiano Giacomo Puccini, conta a trágica história de uma bela e jovem gueixa que sacrifica a família, a religião e a própria vida por amor ao marido americano. Com libreto de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa segundo a peça Madame Butterfly de David Belasco, baseada no conto homónimo de John Luther Long, Madama Butterfly é descrita por Puccini como a sua ópera mais "profundamente sentida e criativa".
Nova produção do Teatro alla Scala de Milão, com encenação de Alvis Hermanis para a récita de abertura da temporada 2016/2017, com interpretações de Maria José Siri (soprano), Bryan Hymel (tenor), Annalisa Stroppa (meio-soprano) e Carlos Álvarez (barítono), nos principais papéis, o Coro e Orquestra do Teatro alla Scala e a direção do maestro italiano Riccardo Chailly.
Nagasaki, Japão, cerca de 1900. Pinkerton, tenente da marinha norte-americana, estás prestes a casar com a sua noiva japonesa, "delicada como uma borboleta", Cio-Cio- San (Butterfly), mas tem pretensões de um dia casar com uma verdadeira noiva americana. O cônsul americano, Sharpless, desaconselha-o a casar e gaba-se de ter uma mulher em cada porto. Ficando a sós, os recém-casados celebram o seu amor. Pinkerton regressa aos Estados Unidos mas promete voltar. Sem notícias do marido há já três anos, Butterfly continua a acreditar no seu regresso e recusa o novo pretendente, o rico Príncipe Yamadori. Chega um navio ao porto e Butterfly tem a certeza que é Pinkerton que regressa para ela e para o seu filho. Butterfly, ansiosa pelo reencontro, espera toda a noite pelo marido. No dia seguinte, Pinkerton chega acompanhado por Sharpless e pela sua nova mulher americana, Kate, mas ao recordar a felicidade que viveu com Butterfly e ao ver como ela ainda o ama fica cheio de remorsos. Relutante, Butterfly aceita entregar o filho mas só ao próprio Pinkerton. Ficando a sós com o filho, Butterfly beija-o ternamente e pede-lhe para recordar para sempre o rosto da sua mãe. Em seguida pega no sabre do seu pai e mata-se. "Com honra morre quem em honra não pode viver"
Intérpretes:
Madama Butterfly (Cio-Cio-San) - Maria José Siri (soprano)
Suzuki, criada de Cio-Cio-San - Annalisa Stroppa (meio-soprano)
Pinkerton - Bryan Hymel (tenor)
Sharpless - Carlos Álvarez (barítono)
Goro, agente imobiliário e casamenteiro - Carlo Bosi (tenor)
Príncipe Yamadori - Costantino Finucci (barítono)
Kate Pinkerton - Nicole Brandolino (meio-soprano)
O Bonzo - Abramo Rosalen (baixo)
Yakusidé - Leonardo Galeazzi (barítono)
Comissário imperial - Gabriele Sagona (baixo)
Oficial do Registo - Romano Dal Zovo (baixo)
Mãe de Cio-Cio San"s - Marzia Castellini
Tia de Cio-Cio San"s - Maria Miccoli
Primo de Cio-Cio San"s - Roberta Salvati
Coro e Orquestra do Teatro alla Scala
Direção - Riccardo Chailly