Um filme em memória da coragem de Aristides de Sousa Mendes
Alexandra Schmidt, uma jornalista portuguesa vai até Viana do Castelo para entrevistar o maestro brasileiro Francisco de Almeida, que se vai reformar. Aí confronta-o com o seu verdadeiro nome, Aaron Apelman, que não consta das biografias oficiais.
A curiosidade da jornalista leva o maestro a recordar uma série de eventos passados no longínquo mês de Junho de 1940, quando, aos 10 anos de idade, e ainda com esse nome, foi salvo da perseguição nazi pela acção do cônsul de Portugal em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes.
O cônsul, por esses dias, é um homem dividido: sabe que os refugiados hebreus, em número cada vez maior, precisam de vistos para alcançar Portugal e daí partir para o Novo Mundo; mas tem as mãos tolhidas pela famigerada Circular 14, de Salazar, que proíbe a emissão de vistos a judeus. A pressão do rabino Krueger e a força das convicções católicas do próprio Sousa Mendes acabam por levar a melhor. O cônsul decide desobedecer à Circular 14.
O mês de Junho de 1940 converte-se numa longa corrida contra o tempo, em que Sousa Mendes acaba por passar 30.000 vistos, à medida que a ameaça nazi se vai tornando cada vez mais presente.
No final da longa entrevista, Alexandra surpreende Francisco de Almeida revelando-lhe a verdadeira razão da sua viagem a Viana do Castelo: apresentá-lo à sua avó, Esther Appelman, a irmã que o maestro pensava ter perdido. O reencontro emotivo dos dois irmãos é feito sob o signo da memória da coragem de Aristides de Sousa Mendes, o cônsul de Bordéus.