O QUINTO IMPÉRIO - ONTEM COMO HOJE

por jamais ter sido identificado o corpo do rei D.Sebastião, nasce o mito e a esperança de que o rei voltará num dia de nevoeiro, montado num cavalo branco para derrubar o mal
O rei Sebastião, depois da estrondosa derrota na Batalha de Alcacer-Kibir (1578), mais conhecida pela Batalha dos Três Reis, e por jamais ter sido identificado o seu corpo após a batalha, se tornou no mito do encoberto ele que fora antes o desejado e o destinatário ao mito. Mito, aliás cantado e exaltado nos sermões do Padre António Vieira (século VII), pelo filósofo Sampaio Bruno (século XIX) e no século XX pelo poeta Fernando Pessoa e pelo filósofo José Marinho, entre outros escritores e psicólogos portugueses, como ainda por estudiosos estrangeiros.
Curiosamente, este mito também faz parte da mitologia muçulmana com a mesma nomenclatura do encoberto e, tal como o rei Sebastião, é suposto vir a acontecer o mesmo com o Íman muçulmano (o da décima segunda geração) cuja crença comum é a de que virá num cavalo branco, em uma manhã de nevoeiro para derrubar definitivamente o mal dos mundos e estabelecer a concórdia entre os povos.
Baseado na peça teatral "El-Rei Sebastião" de José Régio, crítico, poeta, dramaturgo, romancista e ensaísta, figura cimeira do seu tempo e de hoje, segundo a sua própria declaração que, pretendeu com esta obra, analisar o Rei, o Homem e a mítica personagem.
Ficha Técnica
- Título Original
- O QUINTO IMPÉRIO - ONTEM COMO HOJE
- Intérpretes
- Ricardo Trêpa, Luís Miguel Cintra, Glória de Matos, Miguel Guilherme, Ruy de Carvalho
- Realização
- Manoel de Oliveira
- Produção
- Paulo Branco
- Ano
- 2004
- Duração
- 127 m minutos