NIRVANA

Uma surpreendente produção europeia de Ficção Científica sobre um incrível confronto entre o real e o virtual produzido por um jogo de computador.

Num futuro próximo, Jimi, um bem sucedido criador de jogos de computador, descobre com surpresa que o seu mais recente jogo, chamado “Nirvana”, está infectado por um vírus. O vírus produz uma consciência na personagem principal do jogo, Solo, e entre criador e ser virtual estabelece-se uma estranha e inesperada amizade. Enquanto Solo implora a Jimi que o liberte de ser sistematicamente eliminado nos vários cenários do jogo, Jimi tenta perceber o que levou a sua namorada a deixa-lo. Ao mesmo tempo, Jimi, vai tentar destruir a base de dados que dá suporte ao jogo, o que tem consequências imprevistas.

Gabriele Salvatores, autor do celebrado “Mediterrâneo” que conquistou o Oscar do Melhor Filme de Língua Estrangeira, mudou radicalmente de registo e assinou um fascinante e intrigante thriller de Ficção Científica. Trata-se de um elaborado e imaginativo confronto entre o real e o virtual a partir da fantástica situação criada por um vírus informático que torna consciente a personagem central de um jogo de computador. Salvatores explora, com humor e sensibilidade, a relação entre o criador do jogo, atormentado por uma relação amorosa frustrante, e a personagem virtual, amargamente condenada a “morrer” nos diversos níveis do jogo do qual não pode fugir. Visualmente construido com surpreendente grau de sofisticação, “Nirvana” é uma produção europeia de modesto orçamento a triunfar, técnica e artisticamente, num género onde o cinema americano gasta fortunas e nem sempre com grande sucesso.