A auspiciosa estreia de Sofia Coppola na realização, com este belo, sensível e surpreendente filme sobre a adolescência e o sexo
Nos anos 70, numa pequena cidade do Michigan os rapazes de um bairro residencial estão fascinados pelas irmãs Lisbon, cinco belas e misteriosas adolescentes. O pai delas é professor de matemática e a mãe uma mulher extremamente puritana. Um dia, sem razão aparente, Cecilia, a mais nova, tenta suicidar-se. Porém, mais tarde é bem sucedida e morre, atirando-se de uma janela. Uma das irmãs, Lux, apaixona-se por um novo colega do liceu, Trip, que convence o pai dela a deixá-lo levar a filha ao baile de finalistas. Lux e Trip fazem amor até de madrugada e o pai fecha as filhas em casa. Do outro lado da rua, os rapazes encontram formas de comunicar com elas. Quando conseguem entrar em casa, supostamente para as libertar, encontram um cenário de horror: as quatro irmãs suicidaram-se.
Apresentado na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes em 1999, ¿As Virgens Suicidas¿ é uma bela e auspiciosa primeira obra de Sofia Coppola, filha de Francis Ford Coppola, que escolheu um complexo tema de estreia: uma séria abordagem aos problemas da adolescência e do despertar da sexualidade. Esta é a história de cinco belas irmãs americanas, de apelido Lisbon, que se suicidam. Cinco adolescentes no limiar da descoberta do sexo e dos desejos íntimos que entram em rota de colisão com os valores dos seus pais em plena era das radicais transformações dos anos 70. Cinco personagens femininas que Sofia Coppola desenha e constrói com admirável cumplicidade e doçura num filme surpreendente e estranhamente amargo. Com argumento da sua autoria, adaptado do ¿best-seller¿ de Jeffrey Eugenides, Sofia Coppola assina um filme audacioso, construido com envolvente sensibilidade e inteligência, que revela um novo talento no seio do clã Coppola.