PARTY

Uma obra que dispensa apresentações. É um filme de Manoel Oliveira.

Para comemorar os seus dez anos de casamento, Leonor decide organizar uma "garden party" na bela mansão do seu marido Rogério. Entre os convidados estão Irene, uma grande actriz grega, e o seu sedutor amante Michel. Este passa a tarde a montar jogos de sedução com Leonor, que parece sentir-se fascinada pelo velho Don Juan. Cinco anos depois Michel e Irene regressam à casa de Leonor e Rogério para jantar. Michel confessa a Leonor que não deixou de pensar nela e tenta convencê-la a partir com ele. Leonor, parece mais uma vez seduzida pelo charme de Michel e farta da sua vida ociosa e rotineira está, aparentemente, disposta a segui-lo. Por seu lado, Irene e Rogério fazem tudo ao seu alcance para minar o romance de Michel e Leonor.

"Party", rodado nos Açores em 1996, é uma nova, rica e complexa reflexão de Oliveira sobre os homens e as mulheres, sobre a ambiguidade das suas relações, sentimentos e desejos.

Dois casais, um jovem e rico e o outro de meia idade e culto, envolvem-se num jogo cruzado de seduções e contra-seduções. Oliveira, de novo com a cumplicidade de Agustina Bessa-Luís, monta um filme de aparências, sarcasmos e ironias, como sempre em torno de um texto e, sobretudo, de um belo quarteto de intérpretes: Michel Piccoli, Irene Papas, Rogério Samora e Leonor Silveira, sem dúvida a mais bela e marcante actriz de mestre Oliveira.