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O Conde d´Abranhos

A Devoção de Alípio Abranhos

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A Devoção de Alípio Abranhos

Episódio 3 de 13 Duração: 50 min

Alípio Abranhos percebeu que o seu destino estava nas mãos de padre Augusto. Foi o que explicou a Zagalo. Para casar com Virgínia precisava de chegar ao coração de D.Laura Amado. Para aqui chegar precisava de ser anjo aos olhos do padre Augusto, o grande zelador da pureza da fé de Laura. Logo, aristotéticamente, engatar o padre Agusto seria engatar na fortuna de Virgínia. Zagalo ficou impressionado pelo recorte lógico da dedução. Era própria de um grande espírito. Alípio convencido que as boas graças do padre se conquistavam com missas e conversas de entreter. E assim fez. Muda-se de armas e bagagens para a casa onde se hospedava o padre por forma a ficarem quarto com quarto e, de seguida, ei-lo de missal na mão, compungido e reservado numa fila discreta na missa das oito. Sem dar nas vistas, humilde na comunhão mas não tanto que não fosse visto todos os dias por D.Laura, essa sim, sentada no banco da frente, a primeira a saltar para a fila da comunhão e a olhar de soslaio quem comungava.


Saía da igreja cumprimentando as senhoras com um leve aceno de cabeça e lá seguia para o escritório. Ao fim da tarde, acompanhava padre Augusto em grandes passeios pelo jardim da Estrela, discutindo filosofia e política na mais firme observância pelos ensinamentos do concílio de Trento. De tal modo que um dia, padre Augusto não se conteve e exclamou: Oh, Alípio você consegue ser mais papista que o Papa!


Reconheceu o ardor das suas crenças e sobretudo o fervor da sua fé. Impressionou o padre e por este caminho de fidelidades estreitaram a amizade. Porém, como mais tarde confessou a Zagalo, a fidelidade precisa de ser comprovada pois um homem não se pode entregar a amizades com suspeitos, e nos tempos que corriam até os padres eram suspeitos. Por tal razão, vigiava padre Augusto.

Ficha Técnica

Título Original
O Conde d´Abranhos
Intérpretes
Paulo Matos, Sofia Alves, NIcolau Breyner, Rui Luis, Helena Coelho, Henrique Viana, entre outros
Realização
António Moura Mattos
Produção
Antinomia Prods.
Autoria
Francisco Moita Flores, baseado na obra de Eça de Queiroz
Música
Paco Bandeira
Ano
2000
Duração
50 minutos