Ficou para a história a governação de Alípio Abranhos. As primeiras medidas mostraram logo como era eficiente e preocupado com o Império, a Moral e a Civilização.
A primeira decisão com modernização dos portos africanos e de imediato destacou o Doutor para Moçambique para proceder á reorganização dos serviços naquela província. Houve quem dissesse que desterrara o amigo mas só quem não percebia a sua dimensão de estadista levantou essas lebres mal corridas. Assim como a história da nomeação do padre Augusto como capelão da Marinha. Bem se sabe como é um dos sectores das forças armadas onde avulta o paganismo e o pecado. Nada como o melhor sacerdote que ele conhecia para trazer ao rebanho
do Senhor aquelas ovelhas tresmalhadas. Promovido foi também o bacharel que andava metido com a Fradinho. Aí sim, num impulso moral resolveu afastar o mafarrico das carnes suculentas da dama e lá marchou para os Açores resolver os contenciosos da capitania. O que ninguém percebeu foi a desmedida amizade pelo Dr.Fradinho. Tornou-o seu chefe de gabinete. O homem impava de satisfação e a Fradinho exultava de agradecimento. De tal forma que rapidamente esqueceu o bacharel, quando o senhor ministro teve a bondade de olhar para ela.
Políticamente a primeira decisão que tomou não teve êxito. Propôs uma expedição portuguesa ao pólo norte. Não havia verbas mas o rei impressionado com a ideia chamou-o à Ajuda. Quando saiu era conde. Conde d´Abranhos para o mundo, Lipinho para os amigos.