O Teatro Também Se Lê II: Catarina Avelar lê Florbela Espanca
06 jan. 2022
Autora polifacetada, Florbela Espanca (Vila Viçosa, 8 de dezembro de 1894 ? Matosinhos, 8 de dezembro de 1930) escreveu poesia, contos, um diário e epístolas; traduziu vários romances e colaborou ao longo da sua vida em revistas e jornais de diversa índole. Na prosa, Florbela Espanca exprime-se sobretudo através do conto (em que domina a figura do irmão da poetisa), de um diário, que antecede a sua morte, e em cartas várias. Nas diferentes manifestações epistolares sobressaem qualidades que nem sempre estão presentes na restante produção em prosa - naturalidade e simplicidade. No entanto, Florbela Espanca antes de tudo é poetisa. É à sua poesia, quase sempre em forma de soneto, que ela deve a fama e o reconhecimento. A temática abordada é principalmente amorosa. O que preocupa mais a autora é o amor e os ingredientes que romanticamente lhe são inerentes: solidão, tristeza, saudade, sedução, desejo e morte. A sua obra abrange também poemas de sentido patriótico, mesmo quando esse patriotismo se circunscreve ao seu Alentejo.