A Guerra

Ep. 1509 abr. 2024 | temporada 4

Play - A Guerra

Ep. 15

Duração: 1h 6min

Género: Cultura

Class.: 12AP

RTP Memória

Portugal fica mais isolado no plano internacional, depois da independência proclamada na Guiné, pelo PAIGC. Em Moçambique, à revelia de Marcello Caetano, Jorge Jardim abre uma via para o diálogo com a Frelimo, através da Zâmbia. Com o chamado Programa de Lusaka pensa ter encontrado o caminho para o seu projecto onde tanto cabe o patrocínio dos Grupos Especiais de Pára-quedistas, como os concursos de misses. Espera contar com figuras como Domingos Arouca, Máximo Dias e Joana Simeão. Nomes que aderem ao reformismo de Marcello Caetano, em que acreditam também os sectores que organizam o I Congresso dos Combatentes do Ultramar. Uma iniciativa de que se demarcam cerca de 400 oficiais do Quadro Permanente, facto que representou uma primeira atitude de indisciplina colectiva. Os decretos que regulavam o acesso de milicianos ao Quadro vieram, nos meses seguintes, criar um descontentamento que, gradualmente, se tornou político e conduziu ao MFA.

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Género: Cultura Class.: 12AP RTP Memória

O período que antecede o 25 de Abril de 1974, caracterizando a situação política geral e o quadro militar em cada uma das colónias
A série documental "A Guerra" nos seus últimos episódios.

São 17 episódios que vão incidir sobre o período que antecede o 25 de abril de 1974, caracterizando a situação política geral e o quadro militar em cada uma das colónias.

Na Guiné, de destacar o período marcado pela morte de Amílcar Cabral e o subsequente recrudescimento do conflito.
Recebendo novos meios, como os mísseis terra-ar "Strela", o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) condiciona a manobra portuguesa. Isola e ataca quartéis como Guidage e Gadamael e obriga ao abandono de Guileje.
Em conflito com Marcello Caetano, o general Spínola deixa o território, defendendo uma solução política para a guerra, enquanto em Moçambique é o Presidente do Conselho (Marcelo Caetano) que recusa ao general Kaúlza de Arriaga a continuação da sua liderança militar.
A situação em Moçambique agravara-se após a Operação Nó Górdio. A FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) avançara para as regiões de Tete, de Manica e Sofala, enquanto as notícias de massacres como Mucumbura, Wiriyamu e Inhaminga - divulgadas sobretudo por padres e missionários - iriam desgastar fortemente a imagem política do regime.

Em Angola, as Forças Armadas controlavam a situação após terem neutralizado militarmente a FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola) e também o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), entretanto afetado por fortes dissensões internas. Após ter cooperado com os portugueses na luta contra aqueles movimentos, a UNITA volta a ser encarada como inimigo e executa a sua mais mortífera ação.

Se em Angola o quadro militar era favorável à tropa portuguesa, em Moçambique os europeus revoltavam-se perante ações da FRELIMO que punham em causa a sua segurança e a imagem das Forças Armadas. Ao mesmo tempo, na Guiné o PAIGC declarava unilateralmente a independência, enquanto os militares portugueses divergiam sobre se a guerra estava ou não perdida.

Bastante isolado internacionalmente, em confronto interno com alguns aliados iniciais e paralisado perante o impasse da guerra, o governo de Marcelo Caetano não cabia já na solução que, entretanto, os militares tinham começado a preparar.

É todo este período, com os seus inúmeros factos e acontecimentos políticos e militares, muitos deles desconhecidos, que será apresentado nos novos episódios a exibir.

duração total 1h 6min
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