Apesar da crise de vocações, a fé continua a chamar mulheres a uma vida de renúncia do mundo material. A caminhada vocacional de uma freira implica discernimento, sacrifício e recolha na oração, o que nem sempre é compreendido com facilidade, quer pelas famílias, quer pela sociedade.
Se, por um lado, cerca de 2 mil religiosas estão ao serviço das pessoas em hospitais, lares e escolas, há também quem escolha encerrar-se num convento em silêncio, num corte radical com as vivências familiares e profissionais que tinham.
Os votos de castidade, pobreza e obediência exigem uma entrega ímpar, mais difícil de encontrar quando as famílias são mais reduzidas, e que se reflete no fim de várias congregações em Portugal.
A chegada de noviças e freiras de África tem ajudado a que alguns institutos e ordens religiosas mantenham as portas de conventos abertas.
O Linha da Frente entrou em exclusivo em vários mosteiros de clausura e comunidades de freiras de vida ativa e mostra-lhe relatos de fé impressionantes.
"Eu, Irmã" é uma reportagem de José António Pereira, André Mateus Pinto e Marcelo Sá Carvalho.