Viajamos até Caracas, capital da Venezuela. Caracas foi, no último século, um dos principais destinos de emigração portuguesa, essencialmente proveniente da Madeira. É uma cidade de revolucionários e simultaneamente muito ligada à tradição. Num mesmo dia, podemos visitar uma “hacienda” e jantar no bar mais “in”.
Bienvenidos a Caracas.
Filipe Gouveia, 47 anos, jornalista, natural da Madeira. Conhecemos o Filipe na Praça Venezolano, uma das praças mais importantes do centro de Caracas. Um ponto obrigatório de passagem em Caracas é a praça Bolivar, onde tudo o que é política está na ordem do dia, caminhamos até à esquina caliente, um centro de divulgação das culturas de esquerda e de simpatizantes de Chavez. Para conhecermos os produtos típicos, como a folha de plátano e a mandioca, vamos ao mercado Quinta Crespo, aqui existem muitos vendedores portugueses. Dá-mos um pequeno passeio pelo bairro 23 de Enero, para desmistificar a má fama que o bairro tem, entramos no centro de confeções têxteis onde produzem, principalmente, uniformes e estão sempre à procura de saber quais as necessidades da comunidade. Filipe diz-nos que não esconde que gostava de regressar para Portugal, mas ao mesmo tempo ficaria triste se tivesse de abandonar a Venezuela.
Paula Martins, 36 anos, educadora de infância, natural de Aveiro. Paula dá-nos as boas-vindas nas montanhas Del Avila, no parque nacional Waraira Repano, descemos até à cidade de teleférico e é numa volta de carro, com Paula, que percebemos o estado degradado das estradas, o trânsito caótico e que o preço da gasolina é mais barato que uma garrafa de água.
Vamos conhecer o município El Hatilo, um bairro muito cultural com as suas casas coloniais coloridas, entramos numa loja de artesanato típica, onde se encontra o presente perfeito para se levar da Venezuela para Portugal. Vamos despedir-nos de Paula no colégio Los Arcos, hoje celebra-se a grande patinada, a festa de final de período do colégio dos filhos, os meninos levam bicicletas, trotinetas, patins e assistimos à cerimónia de lançamento de balões com “mensagens ao Jesus”.
Ricardo Xavier, 50 anos, bancário, natural da Madeira. É como sendo o quintal de sua casa que Ricardo nos apresenta o parque Del Este, onde faz o seu exercício matinal, este parque recebe muitos visitantes todos os dias, na prática do desporto e para fazerem piqueniques. É na Hacienda Santa Teresa, que nos mostram todo o processo do fabrico de rum, desde a apanha da cana, a extração do açúcar, a fermentação ao engarrafamento. Vamos conhecer os amigos do Ricardo em Higuerote de onde seguimos, num passeio de barco, até à ilha Cayo Herradura, um local ideal para estar fora da confusão, aqui são muito exigentes para a construção de modo a manter a preservação da natureza, é com esta visita que Ricardo se despede de nós.
