Filme do cineasta suíço Alain Tanner ("O Último a Rir", "A Salamandra", "Os Anos de Luz", "Requiem", "O Centro do Mundo"), um envolvente e sensível drama sentimental que reflete sobre a solidão e a inconstância do ser humano
Paul (Bruno Ganz), mecânico naval, desembarca em Lisboa e decide alugar um quarto na zona ribeirinha. Ser errante por natureza, vagueia durante dias pela cidade, escreve cartas à mulher na Suíça e envia-lhe regularmente os filmes em Super-8 que vai fazendo. Conhece Rosa (Teresa Madruga), empregada de mesa e criada de quarto por quem se apaixona.
Um dia é roubado e fica sem nada. Decide não voltar a embarcar, mas Rosa tem a certeza que ele acabará por partir. Cruza-se, por mero acaso, com um dos homens que o roubou e acaba ferido e no hospital. Quando sai, descobre que Rosa foi para França e ninguém sabe a sua morada. Por fim, vende a câmara de filmar e parte de comboio para a Suíça, de mãos vazias, mas com o coração a palpitar.
Um envolvente e sensível drama sentimental, onde Lisboa, a cidade branca do título se assume mais como personagem do que como cenário do filme.
Filme vencedor do César para Melhor Filme Estrangeiro, em 1984.
Co-produção luso-suíça, "A Cidade Branca" é uma realização do suíço Alain Tanner que reflete, mais uma vez num dos seus filmes, sobre a solidão e a inconstância do Homem, centrando-se na história de um mecânico de navios, ser errante por natureza, que se perde nas velhas ruas da zona ribeirinha de Lisboa, onde vive um inconsequente caso de amor com uma rapariga de igual alma itinerante.
Um envolvente e sensível drama sentimental, onde Lisboa, a cidade branca do título, se assume mais como personagem do que como décor dramático, aliás magnificamente captada pela fotografia de Acácio de Almeida, com Bruno Ganz e Teresa Madruga nos principais papeis.