Um hino à língua mirandesa, às paisagens, monumentos e gentes do Planalto Mirandês
Um hino à língua mirandesa, às paisagens, monumentos e gentes do Planalto Mirandês, a quem João Botelho dedica este documentário.
"Anquanto la lhéngua fur cantada este povo não morre". Lembro-me, quando eu era criança, de "romances" cantados de porta em porta por uma mulher com voz de "falsete" acompanhada por um homem de acordeão que ganhavam a vida vendendo histórias impressas em papéis coloridos.
O planalto de Miranda, único em língua e rico em gente, geografia e tradições que vêm do início dos tempos, tem uma riqueza musical inigualável. Porque não atravessá-lo com a Catarina Wallenstein, com rosto de "Madona", que canta como ninguém, acompanhada pelo extraordinário acordeão do Gabriel Gomes, com rosto de anjo, e seguido pelo burro "Atenor" de pelo comprido e avermelhado, perfeito exemplar do burro mirandês?
Há alguma coisa mais comovente do que a polifonia dos cantantes das Almas de Sendim? Não é verdade senhor Giacometti? O meu amigo Dr. Amadeu Ferreira, ficará contente e com ele todos os mirandeses a quem dedico este pequeno filme".
(João Botelho)
3º episódio da trilogia de João Botelho dedicada a Trás-os-Montes