A história mordaz, cínica e acidentada de duas belas e decididas raparigas do music-hall, de viagem para a Europa
A bela, loira e pouco inteligente Lorelei tem um grande objetivo na vida: casar com um milionário. Gus Esmond parece preencher as condições, embora o milionário seja o pai dele que se opõe ao casamento. Os dois decidem fugir para Paris e casar em segredo, mas o pai dele descobre no último momento o plano e evita o casamento. Lorelei convence Gus a deixa-la partir para a Europa com Dorothy, uma amiga corista. A bordo do transatlântico Lorelei "passa a pente fino" a lista dos passageiros, na esperança de "caçar" um milionário, e envolve-se, sem consequências, com o velho sir Francis. Porém, o pai de Gus enviou um detective para as vigiar o que vai criar os maiores equívocos e confusões. As duas acabam por desembarcar em Paris sem dinheiro e arranjam trabalho como cantoras num "night-club". Mas as suas atribulações estão longe de ter terminado.
"Os Homens Preferem as Loiras" é o título de uma das mais célebres e irresistíveis comédias de Howard Hawks, produzida em 1953 a partir da adaptação ao cinema de um romance satírico dos anos 20, da autoria de Anita Loos, mais tarde adaptado a um musical da Broadway. Trata-se da história mordaz, cínica e acidentada de duas belas e decididas raparigas do "music-hall" de viagem para a Europa, depois da loira ter frustrado as suas possibilidades de um casamento rico, acabando a morena por se fazer passar pela loira para a salvar da prisão, numa das cenas mais hilariantes do génio de Hawks, que como sempre, subverteu o espírito da peça, e da história da rapariga que queria casar por dinheiro fez a história da loira que queria casar por dinheiro e casou por dinheiro. "Os Homens Preferem as Loiras" é uma comédia portentosa, feita de pura magia e artificialismo cinematográfico de que o número dos diamantes, que são os melhores amigos de uma rapariga, é exemplar. Como exemplar é o fabuloso duo da morena Jane Russell e da loira Marilyn Monroe num filme que ao fim de quase 50 anos continua a manter um charme, uma graça e um fascínio de que só raros filmes se podem gabar.