Filme do cineasta português Fernando Lopes, baseado no romance homónimo de José Cardoso Pires, com Alexandra Lencastre, Rogério Samora, Rui Morisson e Isabel Ruth
Portugal, finais dos anos 60. Tomás Palma Bravo, o Delfim, é dono da Lagoa da Gafeira, de Maria das Mercês, sua mulher infecunda, de Domingos, o seu criado preto e maneta, de um mastim e de um "Jaguar E", que o leva da Gafeira a Lisboa.
Um caçador, detetive e narrador, que todos os anos volta à Lagoa para caçar patos-reais descobre, um ano depois, que Domingos apareceu morto na cama do casal Palma Bravo e que Maria das Mercês apareceu a boiar na Lagoa.
Quanto a Tomás Palma Bravo e ao mastim dizem que desapareceu sem deixar rasto. Há quem diga que da neblina da Lagoa se ouvem agora misteriosos latidos.
Nas palavras do realizador, é "sobretudo um prodigioso pretexto cinematográfico para entender paixões e emoções, misérias e grandezas de um Portugal agonizante, em plena guerra colonial e com o seu ditador (Salazar) a morrer lentamente, como o país. Será também um filme sobre um tempo em suspensão. E sobre um universo metafórico - a Gafeira - que é a propriedade e ao mesmo tempo a imagem de Tomás Palma Bravo, o herdeiro e último representante de uma raça em vias de extinção".