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Retratos Contemporâneos: Ary dos Santos

Retratos Contemporâneos: Ary dos Santos

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Ary dos Santos, um nome, uma figura que jamais se apagará da nossa memória

José Carlos Ary dos Santos nasceu a 7 de Dezembro de 1937.
Desde cedo, deu mostras da sua irreverência e da sua rebeldia. Não foi um aluno brilhante e limitou-se a concluir o curso liceal.
O arranque do percurso poético de Ary dos Santos foi difícil. Se bem que o seu primeiro livro "Asas" remonte a 1953, tinha ele 16 anos, é quase a meio da década de 60 que Ary dos Santos inicia de facto a sua carreira de poeta. E só dez anos depois do primeiro volume, em 1963, surge "A liturgia do sangue". Seguiram-se "Adereços, Endereços", em 1965, e "Insofrimento, in Sofrimento", em 1969. Depois do 25 de Abril publica "As portas que Abril abriu" em 1975, e "20 anos de poesia", em 1983.
Trabalha com os nomes mais importantes da música ligeira portuguesa e assume-se, ainda que num contexto nunca totalmente definido, como um anti-regime. A ligação ao Partido Comunista, a vida de boémio, um modo de ser desbragado e incontido e a assumpção descomplexada da sua condição de homossexual tornaram-se então as suas imagens de marca, sinais de um carácter que este documentário reproduz.
Morreu aos 46 anos de idade, vítima de cirrose.
Fernando Lopes coordena este documentário biográfico sobre Ary dos Santos.

Ficha Técnica

Título Original
Retratos Contemporâneos: Ary dos Santos
Realização
Rogério Ceitil
Produção
R.C. Audiovisuais
Autoria
António de Sousa Duarte
Ano
2000
Duração
46 minutos